XXI. Conflitos com a pessoa errada

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Joana

A semana tinha sido bastante aborrecida, poucas vezes saía da cama devido às dores de cabeça que apareciam repentinamente. Quando me sentia melhor, via televisão ou, até mesmo, falava com Afonso e Marta e isso foi a única coisa positiva desta semana. Louis visitava-me muitas vezes e adorava esses momentos porque ele conseguia animar-me. Vanessa e Alysa, vinham a minha casa para contarem as coscuvilhices do dia e entregar-me as fotocópias dos registos das aulas perdidas, que sinceramente, só olhei para eles uma vez.

Os outros rapazes conversavam comigo por redes sociais, excepto Harry… Não falo com ele desde daquela conversa que tivemos no hospital. Não sei se haverei de me sentir culpada pelo que disse, já lhe acusei de coisas piores e ele nunca levou a mal, o que se passa? Tentava saber, de uma forma indirecta, notícias sobre ele através de Alysa e Vanessa mas nunca chegávamos ao assunto “Harry Styles”.

Uma das coisas que fiquei espantada foi com Zayn. Vanessa contara-me que quase se tinham beijado. Nunca pensei que ele gostasse dela, de uma maneira ou de outra isso alegra-me, pois Vanessa tem de perceber que as pessoas gostam da sua personalidade, tal e qual como ela é.

Agora chegou o dia de voltar à escola… Com o pulso direito ainda ligado, ou seja, alguém terá de escrever por mim, e esse alguém é Harry pois estaria na mesma carteira nas aulas de hoje. Não sei que reacção irei ter ao vê-lo e estou curiosa por saber a dele.

-Despacha-te, Joana. Hoje levo-te à escola!- informa o meu pai. Como o resto do meu pão, rapidamente. De seguida pego na minha mochila e saio de casa em direcção ao carro.- O Louis vai ter aulas agora?

-Acho que sim…

-Então, telefona para ele, ainda é cedo Assim ele escusa de ir a pé.

-Está bem.- tiro o telemóvel do meu bolso, procuro o contacto de Louis e espero que ele atenda.

-Não atende?

-Não… Tenho a sensação que ele adormeceu, não tem a mãe dele para o acordar, que imprudente!- reclamo, enquanto olho para o local de estacionamento, onde Johannah coloca o seu carro, vazio.- Espera um bocado, vou acordá-lo, não me demoro.

-Não te demores, mesmo. Se ele não acordar, usa esta chave para abrir a porta, de certeza que Johannah não se vai importar- enquanto fala, abre o porta-luvas do carro dando-me um pequeno objecto.

Saio do carro. Reparo que está vento, muito frio o que faz eu tremer involuntariamente. Seria um desastre se ficasse doente, a culpa iria ser de Louis!

Toco à campainha. Nenhuma resposta… Pressiono, novamente, no botão da campainha, desta vez, sucessivamente. Como é evidente, o rapaz não se levanta. Decido utilizar a chave para abrir a porta. A casa parecia-me calma, o que significava que teria de subir as escadas o mais rápido possível, e é isso mesmo que faço. Entro no quarto de Louis, que dormia profundamente. Decido abrir as cortinhas para entrar o máximo de luz possível. A primeira coisa que reparo é a total desarrumação que invadia aquele quarto… Roupas pelo chão, livros espalhados, cd’s sem sequer estarem nas suas devidas caixas…

Aproximo-me de Louis e abano-o com a mão esquerda, acordá-lo de uma forma violenta seria um erro, pois poderia ficar de mau humor.

-Louis…- chamo-o tranquilamente- Acorda, vais chegar atrasado. O meu pai está à tua espera. Por favor, levanta-te!

Tenho a plena noção que ele me estava a ouvir, pois agarra-se ao meu braço para que eu pare de o abanar.

-Anda lá, preguiçoso! Tens 10 minutos para te vestires, entramos daqui a 15! E o MEU PAI está à tua espera- falo, já sem paciência.

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