Joana
Algumas pessoas pareciam bastante alteradas, com mudanças de sentido de humor repentinos. Penso que alguém trouxe bebidas alcoólicas para a festa, mas os professores estão tão entretidos a dançar ou a conversar que nem reparam.
Alguém me toca no ombro. Brandom estava com um copo na mão e a sua expressão não era das mais sóbrias. Agora que ele está mesmo ao meu lado reparo que é um rapaz bastante corpulento e penso que ultrapassa Harry em relação à altura.
Trish deve ter-lhe dito que eu descobri tudo, se não fosse por essa razão ele não viria ao meu encontro.
-Tu és a rapariga portuguesa, né?- aceno afirmativamente.- E que tal nos juntarmos para fazer ciúmes ao panasca e à outra? Não és tão interessante como ela, mas serves. Ficávamos os dois a ganhar.
Brandom coloca o braço em redor dos meus ombros. Não parava de rir e o cheiro a álcool dava-me agonia. Tento empurrá-lo, mas ele nem sequer reparou que estava a tentar afastá-lo. A minha noite está a ser realmente fantástica ao lado de um rapaz bêbedo!
-Então?! Não dizes nada? Compreendes o que eu digo?!- ouço novamente a gargalhada de Brandom.
-És ridículo.- pronuncio sem paciência.
Brandom tira o braço dos meus ombros, mas logo de imediato prepara-se para colocar a mão noutra parte do meu corpo que se encontra no fim das minhas costas. Antes que ele fizesse alguma coisa afasto-me e dou-lhe um estalo. Para dizer a verdade senti-me bastante bem porque, graças a ele, consegui expelir parte da minha raiva.
-Mas pensas o quê? Que sou um dos rapazes maricas do teu país?!- exclama Brandom enquanto esfrega a zona afetada.
-Claro que não! Essa ideia está muito distante dos meus pensamentos, felizmente…- sorrio de uma forma falsa.
O rapaz robusto aperta o meu braço, mas para meu fortúnio, não foi o que está danificado. Estou a ter uma sorte desgraçada hoje…
Harry apareceu e agarrou o pulso de Brandom de modo a afastar a sua mão do meu braço. A expressão do rapaz de olhos verdes era sombria e assustadora, nota-se a grande força que ele está a aplicar ao matulão. Passado uns segundos volta ao normal, disfarçando com um cumprimento.
-Hey, Brandom!- oferece-lhe uma bebida qualquer.- Esse é do bom…
-Ah, obrigado…
O rapaz de cabelo encaracolado coloca o meu casaco nos meus ombros e guia-me para fora daquele local.
-Que estás a fazer?- pergunta Brandom.
-Que achas que estou a fazer?- Harry aponta para mim com um olhar pervertido.
-Ah, é isso mesmo! Vai-te a ela!
Brandom acaba por se misturar com as outras pessoas, apoiando-se nelas para não cair. Volto a ir para o exterior do pavilhão, desta vez Louis e Trish já não estavam lá. Caminhamos em direcção às traseiras do pavilhão e sentamo-nos num banco de pedra.
-Hoje estás imparável!- comenta Harry.- As consequências do estalo que lhe deste podiam ter sido piores se eu não interviesse.
-Ele mereceu…- posiciono as minhas pernas à chinês.- E eu não precisava da tua ajuda.
-Sim, claro. Bem… Ao menos aprendi que nunca deverei tentar fazer aquilo.
A cólera de Harry já tinha desaparecido…
-Alguém perguntou alguma coisa sobre mim?
-O Zayn perguntou se estavas bem, a Vanessa e Alysa queriam saber pormenores sobre o que se tinha passado exactamente. Eu disse que depois lhes explicava.
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Confias em Mim para Amar?
Fanfic"-Um livro de inglês?! Deves necessitar muito...-ironiza Harry com um sorriso. -Okay... A desculpa até foi boa, mas porquê mentir à minha mãe?- pergunta Louis. -Tu não pensas?! Se dissesse à tua mãe que vinha aqui só para conhecer os rapazes, quando...