Joana
Quando liguei para o Zayn, parecia-me ainda mais revoltado do que eu com a situação que se passou na noite da festa. Ele não estava zangado com as pessoas por não acreditarem em mim, mas sim com Vanessa. Confesso que fiquei desiludida quando soube de tal informação. Já é a segunda vez que ela está contra mim, na primeira ainda posso ter tido a culpa por não conseguir esconder o seu problema a Zayn, mas agora... Eu nunca lhe dei motivos para desconfiar de mim. Se ela realmente me conhecesse bem isto não acontecia. Eu poderia dizer que me sinto injustiçada ou incompreendida, mas, para dizer a verdade, não sinto isso. Talvez já esteja habituada ao facto das pessoas me interpretarem mal, chegando ao ponto de me julgarem. Acabei por dizer ao Zayn para não ficar chateado com ela.
Eventualmente poderia responder às chamadas dela, mas eu não quero falar, para já. Irei deixar passar algum tempo, talvez depois de voltar de Portugal.
Desço as escadas de duas em duas. São 14:35 e já estou atrasada para me encontrar com Harry.
-Não chegues tarde e diz ao teu namorado para não abusar durante o cinema!- diz o meu pai, sentado no sofá.
-Eu vou com uns amigos!- exclamo, irritada.
Ontem, quando lhe disse que ia sair com uns colegas da minha escola, ele não se opôs. Não lhe podia dizer que ia sair com um rapaz, pois além de me arriscar a não me deixar sair, poderia começar a falar daquelas conversas que tenho responsabilidades e prioridades a manter, para não me deixar enganar por ele e "blah, blah, blah"...
-Mas um desses amigos pode ser o teu namorado.- insiste.
-Sim, sim. Quando tiver namorado, apresento-te... Ou talvez não...- faço uma careta e dirijo-me à porta de saída.
-Tem juízo!- avisa.
-Até logo, pai!
Saio de casa. Harry espera-me no parque perto de minha casa.
Hoje não está tanto frio como nos outros dias, curiosamente. No entanto, as ruas continuam molhadas, com alguma neve.
Acelero o passo, detesto estar atrasada para o que for. A culpa não é minha... O meu pai queria certificar-se se eu sabia que autocarro eu apanharia e se não me perderia. Para quê me preocupar com isso? Os supostos amigos sabem.
Harry olhava para o relógio, provavelmente impaciente...
-Desculpa o atraso...- desculpo-me.
-Não faz mal, o problema é que vamos perder o autocarro. Faltam dois minutos para ele chegar à paragem onde o vamos apanhar...
-Se corrermos ainda podemos apanhá-lo. A paragem não é longe daqui.- sugiro.
-O chão está molhado, depois cais e está tudo estragado.- repreende Harry.
-Não sejas parvo.- reviro os olhos.
Agarro a mão de Harry e começo a correr. A paragem deve estar a uns cinco minutos do parque, mas se corrermos, chegamos lá em três minutos. Talvez tenhamos sorte.
Harry já corria a meu lado. Largo a mão dele.
Adoro a sensação do vento na minha cara, sinto-me livre quando corro e esqueço tudo à minha volta, apenas penso em seguir em frente e chegar aonde quero, um objectivo fácil de concretizar a curto prazo.
Correr também me traz recordações boas, sem contar com as várias quedas que fiz. Na escola onde eu frequentei em Portugal, costumava ir a competições e era simplesmente indescritível a sensação que tinha quando cortava a meta.
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Confias em Mim para Amar?
Fanfic"-Um livro de inglês?! Deves necessitar muito...-ironiza Harry com um sorriso. -Okay... A desculpa até foi boa, mas porquê mentir à minha mãe?- pergunta Louis. -Tu não pensas?! Se dissesse à tua mãe que vinha aqui só para conhecer os rapazes, quando...