Joana
Estar sentada à espera que o médico venha finalmente dizer que já conseguiram baixar-lhe a febre é bastante aborrecido. Gemma contou-me durante o caminho que Harry tinha entrado em delírio há uma hora atrás e, por isso, achou por bem levá-lo ao hospital.
Neste período de tempo em que estou sentada revi vezes sem conta o meu relógio de pulso. E quantas mais vezes o faço, mais lentos o minutos passam. O tempo psicológico, muitas das vezes, trama-nos sem darmos por isso.
O silêncio também não ajuda. Os únicos ruídos que se ouvem na sala de espera são de tosse e até mesmo a pequeníssima conversa é tida num volume bastante reduzido. O meu pai está sempre a dizer que eu sou a pessoa mais paciente que já alguma vez conheceu e eu concordo com ele, mas neste momento não estou a conseguir aguentar tanta espera... Pareço desvanecer de tédio e ansiedade.
Uma enfermeira, que aparenta rondar vinte e cinco anos, chama-nos a fim de a seguirmos. Os seus olhos de azul quase cinza combinavam com os seus cabelos loiros platinados, apesar de desajeitados. Com a análise que tirei o seu corpo parece ser mais delgado que o meu... Mas é definitivamente muito mais alta.
-A febre do seu filho baixou consideravelmente.- informa a enfermeira.
Assim que absorvemos esta notícia entramos no quarto onde Harry e outros utentes se encontram. Quando nos aproximamos dele, consigo observar o seu rosto cansado e suado. Não deixa de ser um dos rapazes mais bem aparentados que eu já vi, para ser sincera...
-Neste tipo de casos, a febre serviu como uma defesa do corpo e uma resposta natural no combate do vírus. O ideal é não intervir com antipiréticos porque isso só irá afetar o processo natural.- a enfermeira desbobinava com grande rapidez todo o processo que se deve ter quando alguém tem febre.
Harry olha para mim com algum aborrecimento, provavelmente por ser o centro das atenções da pior maneira.
-O ideal é beber imensos líquidos e não fazer nenhum exercício ou actividades que impliquem esforço físico. Mas tenho a certeza que a forma física do Sr. Styles irá permanecer bastante boa mesmo que não faça esforços nos próximos tempos.- a enfermeira sorri para Harry. Arqueio a sobrancelha ao ouvir tais palavras.
-E quanto à tosse que ele teve. Acha normal expelir sangue?- pergunta Anne.
-A tosse dele é violenta e em curtos espaços de tempo, isso irá provocar uma irritação na garganta e é normal que às vezes expila um pouco de sangue. Mas o médico irá falar consigo acerca de mais pormenores e receitar alguns antibióticos... Encontrá-lo-á na porta da frente a este quarto.- a rapariga sorri mais uma vez.
Gemma e Anne caminham em direcção à sala onde o médico se encontra, deixando-me com Harry e a enfermeira.
-Sempre que precisar de alguma coisa não hesite em chamar. Talvez seja melhor colocar mais uma almofada na suas costas para ficar confortável, visto que está sentado.- propôs a mulher.
Rapidamente, foi buscar uma almofada e cuidadosamente colocou atrás das costas de Harry. Tanta delicadeza nos seus movimentos que até me faz impressão... No final a sua mão toca no peito dele, deixando por uns breves momentos.
-Os batimentos cardíacos ainda estão um pouco acelerados. Isso é normal por causa da febre.
E mais uma vez a mulher de cabelos platinados sorri. Não é assim que analisam os batimentos cardíacos! Afinal não há dúvidas nenhumas, eu tenho mesmo bastante paciência. Encosto-me à parece branca a fim de esperar que a enfermeira fosse embora. Claro que ela não reparou no meu aborrecimento, mas Harry olhou para mim com uma cara divertida.
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Confias em Mim para Amar?
Hayran Kurgu"-Um livro de inglês?! Deves necessitar muito...-ironiza Harry com um sorriso. -Okay... A desculpa até foi boa, mas porquê mentir à minha mãe?- pergunta Louis. -Tu não pensas?! Se dissesse à tua mãe que vinha aqui só para conhecer os rapazes, quando...