— O que você quer de mim? — indaguei, vendo a menina adentrar o quarto. Eu sabia que estava com um sorriso provocante no rosto.
— Isso! — ela passou os braços em minha cintura e puxou meu corpo contra o seu, me beijando.
Seus lábios macios contra os meus, sua língua que desbravava minha boca calmamente enquanto eu mordia levemente seu lábio inferior. Ela deslizou sua mão até minha bunda, a apertando enquanto eu deslizava minha mãos em seus cabelos loiros e longos.
Ela me empurrou contra a cama e eu cai, respirando ofegante. Ela me analisava com um sorriso provocante no olhar.
— Eu nunca... — precisei ser sincera. Eu realmente nunca havia feito nada disso e não queria ver minha face naquele momento que com certeza entregava isso. Porém, eu realmente queria. Eu queria sentir seu corpo no meu. Mesmo que meu corpo ainda fosse "puro", eu sabia o que fazer, afinal, eu me alimentava de homens toda semana. Porém, com uma mulher essa seria a primeira vez. E, eu nunca havia sentido esse sentimento que eu sentia ao beija-la. Um misto de curiosidade e desejo.
— Deixa eu te mostrar. — ela mordeu o lábio inferior e eu vi seus sorriso que rapidamente me acalmou levando a insegurança.
Ela passou a pernas sobre meu corpo, se sentando em cima da minha barriga e quando eu me sentava na cama para conseguir domina-la, ela segurou as minhas mãos contra a cama, entrelaçando nossos dedos. Seu beijo calmo e sexy me deixava cada vez mais excitada.
Me sentei na cama, segurando seu corpo contra o meu, que também estava sentada em meu colo. Retirei sua blusa deixando seus seios avantajados a mostra. Eu beijava seu pescoço, deixando leves mordidas e sentindo seus seios contra os meus e seu leve grunhído.
— Quero você para mim. — ela sussurrou, domada pelo prazer.
Sentir seu corpo contra o meu, seu suor, sua respiração, o me dominava por completo, eu realmente também a queria para mim.
Abri meus olhos ainda afobada. Eu havia me alimentado de uma menina. E, eu havia gostado. Mas... como isso era possível? Eu me sentia mal. Era como se agora meu corpo não tivesse escolha sobre o gênero. A cada vez que eu me alimentava mais era melhor, prazeroso e me deixava disposta. Porém, eu me sentia um lixo ao precisar me sujeitar a isso, afinal, isso nunca havia acontecido.
Fitei a janela, vendo que os raios do sol ultrapassavam a cortina. Eu me alimentei durante toda a noite, talvez por isso eu me sentia muito disposta.
Tomei um banho quente e demorado, refletindo sobre Miguel. Ele era um lobo. E isso me deixava ainda receosa... eu não entendia o motivo dessa rixa e como tudo iria acontecer daqui para frente. Miguel se entregou de uma maneira que me causava uma certa inveja. Sem medos ou receios e eu, por mais que estivesse gostando muito dele, ainda me sentia receosa.
Cantei me lembrando da letra que ele havia improvisado para mim, tentando me lembrar do ritmo.
Nada é igual ao seu redor
Tudo fica melhor ao seu olhar
Eu não sei te dizer, como eu vou ficar sem você
Minha vida se transformou
Te ter por perto me deixa assim
Bobo e sem palavras, só querendo te sentir
Eu podia me entregar. Eu podia tentar. E, era isso que eu iria fazer.

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Noites Sombrias
FantasyE se o mundo onde vivemos fosse totalmente maior do que somos capazes de ver? E se a vida fosse muito mais além do que podemos saber? A jovem Sara descobriu da maneira mais trágica como é crescer aos olhos de um demônio, e o quão grande pode ser o...