25 - O Confronto

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De entre as árvores vários homens e mulheres foram saindo, vindo em nossa direção com sorrisos e com suas armas em mãos. Eu os fitava assustada com a quantidade de pessoas.

— Vamos vingar nossos amigos que morreram tentando salvar nossa espécie contra as leis rígidas do círculo! — Lion incentivou, como se estivesse em uma campanha política.

Josh atacou Lion com o seu cotovelo, e o mesmo caiu no chão flexionando os joelhos e rosnando como um animal. Senti um calafrio e me virei de costas, uma mulher se aproximava de mim com uma faca na mão. Girei a corrente no ar e a golpeei na perna, fazendo com que a corrente se enrolasse no seu corpo, puxei a corrente vendo a mulher cair e a corrente se transformar na cobra negra e a golpear na barriga. Puxei a cobra de volta vendo a mulher urrar de dor. Era isso, a cobra causava uma dor muito forte, assim como a faca de Josh. Era só preciso eu a impulsionar contra o alvo.

Vi Tom lutando contra um casal, ele golpeava o homem e se esquivava dos ataques da mulher. Estávamos em desvantagem. Tom a golpeou com uma faca, fazendo ela cair tremendo no chão e gritando de dor. Era isso, cada pessoa reagia diferente as armas. O homem vendo a mulher sentir dor, atacou Tom com mais fúria, ele parecia dançar, ficando de costas e golpeando Tom com os pés, voando no ar e o golpeando no rosto com o pulso fechado. Tom, se esquivava rapidamente, ele golpeou o homem no rosto, girando o corpo no ar, concluiu segurando o homem contra o chão e o golpeando no pescoço com a faca. Ele se virou para a mulher que parecia se recuperar, e a golpeou arrancando sua mão graças ao corte no pulso. A mulher caiu no chão sem vida.

Uma homem veio correndo em minha direção, eu via que ele me olhava com desejo no olhar. Eu era a maçã no jardim do éden. Eu poderia correr, mas não poderia abandonar meus amigos ali. Corri na sua direção, me jogando contra o chão quando ele saltou no meu pescoço. Rolei algumas vezes e logo saltei para ficar de pé, corri em sua direção vendo ele se levantar. Girei o pedaço de madeira no ar, vendo a corrente criar força e a impulsionei contra o homem, vendo a corrente se transformar na cobra e ir em direção ao homem com a boca aberta; Ela cravou seus dentes no pescoço do homem que gritou de joelhos. A cobra com as presas cravadas em seu pescoço se contorcia, abrindo um corte ainda maior. O sangue do homem caia pelo seu corpo e aos poucos ele foi perdendo as forças e caindo no chão sem vida. Puxei a cobra em minha direção, vendo ela se transformar novamente na corrente enferrujada.

Uma menina de aparência muito jovem estava gritando e então vi Elena com as duas mãos apontadas para sua cabeça, em um transe, falando palavras que eu não entendia. A menina se contorcia com as duas mãos na cabeça. Vi outra mulher correr em sua direção, como se fosse proteger a cria, ela iria atacar Elena. Corri na mesma direção em sentido oposto e me deparei contra seu corpo. Golpeei-a com a mão fechada no rosto e ela se esquivou agarrando a faca em sua cintura e correndo contra mim. Ela me golpeou no ombro e eu gritei. A dor era profunda, na alma. Sentia cada músculo meu reagir contra a dor. Eu gritava sem conseguir fechar a boca, era como ser perfurada várias e várias vezes. Vi a menina cair no chão ainda com dor, e Elena se esquivando da  mulher que iria  a atacar pela traseira. A mulher caiu no chão, e então Elena falou mais algumas palavras que eu não conseguia ouvir e veio em minha direção com o rosto em pânico.

— SARA? VOCÊ TÁ BEM? — gritou assustada.

Eu neguei com a cabeça, tentando vedar a boca. O grito era involuntário. Era como se ajudasse a deixar a dor sair.

— Vai passar... — ela tentava me tranquilizar com os olhos arregalados.

Uma homem vendo meu estado veio em minha direção, Elena se levantou estendendo sua mão direita e falando mais algumas palavras em outra língua. O homem caiu se contorcendo e gritando.

Noites SombriasOnde histórias criam vida. Descubra agora