56 - Fim

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Meu nome é Sara e eu sou uma assassina. Repetia a mim mesma enquanto fitava a escuridão.

— Sara? — uma voz me chamou e eu lutei para responder. Mas era como se eu lutava em vão. — Abra seus olhos, Sara. — instruiu.

Eu desejava abrir meus olhos, porém eu tinha medo do que iria ver. Afinal, depois que fui mordida eu me perdi na escuridão agonizante. O que poderia ter acontecido depois de tudo aquilo? Meu raciocínio estava lendo...JOSH.

— JOSH! JOSH! —  me sentei gritando. — JOSH! — eu o procurava assustada. As lembranças de sua aparência debilitada ficavam em minha mente como se estivessem coladas.

— Calma. — Juliet correu ao meu lado e eu fitei tudo a minha volta. Estava em meu quarto, e, meu corpo estava limpo e com outras roupas. — Tá tudo bem.

Eu tremia, sem conseguir me controlar, e minha respiração estava ofegante e descontrolada novamente.

— Cadê ele? — exclamei tentando descer da cama. A ferida em meu braço havia sumido. — O que aconteceu com ele? — eu estava desesperada. Era como se no meu mais profundo íntimo, eu o chamava com todas as minhas forças.

— Calma... ele está bem. Está se recuperando. — Juliet sorriu.

Eu fitei o outro lado da cama procurando entender tudo que havia acontecido. Miguel estava morto. Eu havia visto várias pessoas e sentido uma dor terrível.

— Sar... — ela tocou em meu ombro e eu reagi a golpeando no rosto e gritando assustada graças o reflexo.

Tremia meus lábios e meu coração estava acelerado.

— Calma. Tá tudo bem. Tudo acabou. — Juliet olhava dentro de meus olhos.

— Eu preciso.... ver ele. Josh. — disse me levantando. v Me leve até ele... me leve até ele! — gritei com a voz embargada.

Eu precisava ver com os meus próprios olhos que ele estava bem.

— Claro. Claro. — assentiu me guiado pelo mesmo corredor até o quarto de hóspedes.

Molhei meus lábios, que estavam secos e rachados. Eu não sabia como estava a minha aparência e quantas horas haviam se passado depois de tudo o que aconteceu. Tudo estava diferente ao meu olhar, como se a qualquer momento algo pudesse me atingir. O corredor parecia estar intacto, pelo menos de como eu me lembrava.

Juliet abriu a porta e eu fitei um corpo magro na cama que me fitou com um sorriso esquelético.

— Josh. — suspirei com os olhos se enchendo de lágrimas ao ver seu estado.

Ele estava muito magro; sem cabelos, com os olhos roxeados e com a boca cortada e inchada. Com suas vestes brancas, parecia que ele fazia parte dos lençóis claros.

— Oi. — sua voz estava muito rouca e fraca. Seus olhos também brilhavam, como estrelas.

— Me perdoa.— disse me ajoelhado ao lado da cama. — Me perdoa. — as lágrimas caiam no lençol branco enquanto eu acariciava seu rosto com um máximo de delicadeza. Era como se eu pudesse quebra-lo somente com o meu toque.

— Tá tudo bem. — disse sorrindo com dificuldades. — Acabou.

Eu forcei um riso.

— Sara, precisamos deixar ele se recuperar. Até o final do dia ele estará melhor. — Juliet fazia de tudo para ser delicada com sua voz e suas palavra.

Noites SombriasOnde histórias criam vida. Descubra agora