Eu trouxe minha mala para o ônibus com a ajuda de Isaque, que veio reclamando o tempo todo. Me despedi dele com um abraço apertado e entrei no transporte.
Sentei em uma cadeira na parte de trás e esperei que todos entrassem para que pudéssemos partir. Ben ficou algumas cadeiras na frente.
O motorista já estava impaciente, mas teve que esperar mais um pouco porque Isaque veio correndo até nós.
- Licença, é a última entrega do correio. - ele disse risonho, passando pela cadeira de Ben lhe entregado um bilhete e depois vindo até mim e entregando outro papel maior.
Isaque piscou pra mim e saiu correndo antes que o motorista ficasse mais estressado.
~~*~~
Demorei alguns minutos pra lembrar que aquele bilhete que Benjamim estava recebendo deveria ser o meu, mas e o que eu estava recebendo?! Eu já tinha recebido todos os que eu havia mandado, mas esse que eu tinha em mãos também estava anônimo. Será que era de Isaque? Não! Ele enviou um bilhete pra Marina.
Como eu não sabia de quem era o bilhete deixei guardado na minha mochila antes de ler, eu estava com muito sono. Fechei meus olhos e não demorei pra cochilar.
~~*~~
Eu acordei com o celular tocando, era mamãe.
- Oi mamãe.
- Oi filha! Onde você tá? Eu estava com o coração na mão. Já não era pra você ter chegado?
- Mãe, eu tô perto de casa já. - falei, olhando para a estrada e vendo que estávamos na minha cidade.
- Tá bom, então. Eu fiz um jantar maravilhoso pra você.
- Ótimo, eu estou faminta mesmo. - disse ao sentir minha barriga rocando.
- O Benjamim vai vir? Eu fiz o bastante pra um batalhão!
- Não, acho que não.
- Por quê?! Claro que ele vem... Julieta vocês brigaram? Eu não acredito...
- Tá bom, mãe, eu vou chamar ele pra ir. Não se preocupa.
- Eu só não quero que esqueça o que ele fez por você e como ele nunca te abandonou. Só isso. E também como ele é ruivo e bonito... E como tem olhos verdes hipnotizantes. É só isso, filha. Tchau. Tô com saudade.
- Tá bom, mãe. Não dá pra esquecer isso. -falei, fixando meus olhos na parte de trás de sua cabeleira ruiva.
Desliguei o telefone e chamei Benjamim.
- Ben! - gritei, pois ele parecia estar cochilando.
- Hã, oi... Julie? - ele perguntou esfregando os olhos.
- Eu tô aqui atrás. - falei sinalizando com as mãos.
- Oi!
- Minha mãe está te intimando pra jantar lá em casa. Você vem?
- Claro, eu posso ir.
- Beleza, então.
Eu voltei a olhar pra janela, e em poucos minutos eu estava pedindo passagem para os jovens e me despedindo deles.
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Entrega (COMPLETO)
SpiritualLivro 2 A vida de Julieta mudou muito desde quando ela teve um encontro com Deus da forma mais inesperada possível. A garota está disposta a se lançar em Cristo e viver plenamente o amor do Pai, mas nem tudo são flores, a vida com Deus lhe reserva n...