18. Improvável

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Oi povo lindo! Chegou capítulo novo, e antes de mais nada queria pedir pra vocês votarem porque isso ajuda demais o livro, e depois queria dizer: Preparem-se! Haha. Não tirem conclusões precipitadas e não me odeiem *insira aqui uma risada maléfica*
Boa leitura, amores!

Eu abri a porta da frente com cautela para não acordar minha mãe. Sei que estava fazendo uma loucura, por dois motivos, Nicholas era filho de Alex, e eram duas horas da manhã!

- O que você está fazendo aqui? - perguntei, encarando seus olhos azuis.

Nicholas não respondeu, apenas me encarou. Ele parecia ter chorado, na verdade, parecia que ainda estava chorando. Paralisei na porta, não sabia se devia sair, mas na hora não me pareceu certo deixá-lo naquele estado do lado de fora. Essa situação era ridiculamente estranha, mas estava ali e eu precisava resolver.

- Eu já volto. - falei pra ele.

Corri rapidamente ao meu quarto e peguei minha Bíblia e um cobertor, ele poderia precisar. Só caiu a ficha de que eu estava de pijama quando fechei a porta da frente atrás de mim, agradeci mentalmente por ser um pijama bem decente, porém vergonhoso: Uma calça comprida cheia de carinhas da minnie, e uma camiseta rosa.

Sentei ao lado de Nicholas em um dos dois degraus que davam acesso a um pequeno alpendre de minha casa.

- Oi. - falei.

Ele me olhou, e esboçou um sorriso ao notar meu pijama, mas não comentou nada.

- Você não vai perguntar porque eu estou aqui?

- Não. Tudo bem você estar aqui. Isso é muito estranho... Mesmo. Não consigo pensar em nada mais estranho do que você aqui a essa hora da noite.

- Tudo bem, eu já entendi. Isso é estranho... Mas é tão estranho quanto descobrir que seu pai é um criminoso inescrupuloso?

- Nicholas... - quis fazê-lo parar, mas ele não me ouviu.

- Não! Eu preciso falar. Por favor! Eu... Estou precisando conversar com alguém. - ele me encarou e eu fiz sinal para que continuasse, mas ao invés disso ele começou a chorar.

O choro de Alexander era alto, ele soluçava e balançava a cabeça em negação e dava pequenos socos no chão. Iria interrompê-lo, só que às vezes chorar fazia bem pra desabafar.

Não sei explicar porque eu me sentia tão responsável por ele. Esse garoto tinha me infernizado na escola e com seus telefonemas e mensagens maldosas, nunca quis ouvir a minha versão dos fatos e agora estava aqui comigo... Querendo desabafar?! Eu poderia mandá-lo embora, não poderia? Talvez. O problema é que eu queria ouví-lo e ajudá-lo.

Encaixei minha mão na sua para que Nicholas soubesse que eu estava ali por ele. O garoto olhou para nossas mãos unidas, suspirou como se estivesse tomando coragem, e me encarou tentando não voltar a chorar.

- Ele violentou a minha irmã também.

~~*~~

Fiquei em choque. Talvez eu não esperasse isso de Alex. Talvez fosse uma pequena esperança de que não houvesse outra garota vítima dele. Pensei em um milhão de coisas para falar, mas as palavras pareciam fugir de mim. O que eu poderia dizer?

- Eu sinto muito, Nicholas. Sinto muito mesmo.

- Não entendo porque ele fez isso! Não entendo! Ele era o meu herói! Nunca foi grosseiro conosco ou com minha mãe... Sempre me defendeu de tudo e todos. Meu pai dizia que me amava, ele prometeu que sempre estaria do meu lado... E agora eu descubro que tudo isso foi uma mentira! Ele não me amava coisa nenhuma! Eu não sei mais o que fazer... Quem eu sou? Alex foi quem me ensinou tudo que eu sei... Isso quer dizer que eu vou me tornar alguém igual a ele?

Entrega (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora