Provas

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*Thomas POV*

Passei o dia todo com vontade de terminar o que comecei na noite anterior e a noite, já no quarto tomei a atitude que deveria ter tomado há dois anos atrás. Eu deveria ter procurado Anna logo depois do que aconteceu e ter explicado o inexplicável, mas pelo menos eu teria tentado e com sorte teria conseguido. Bom, mas agora eu não tinha tempo para pensar no passado.

Eu estava prestes a beija-la. O beijo que desejei tanto por tanto tempo. Ela tem razão, eu sempre fui covarde, mas eu não queria mais ser assim. Por uns instantes esqueci a BBO e a beijei. O beijo mais delicioso que dei na minha vida. Um beijo molhado, corpo contra corpo e mãos bobas por todos os lados.

-Thomas...

Anna dizia meu nome entre uma retomada de fôlego e outra e eu nunca gostei tanto de escutar meu próprio nome.

-Isso é loucura... - ela disse enquanto eu beijava o seu colo

Continuei fazendo o que tinha que fazer. Tirei minha camiseta e a camisola dela. Cada peça de roupa eu jogava longe para não ter perigo de serem colocadas de volta.

Eu estava pronto para fazer o que mais queria fazer, mas como eu sou um idiota, lembrei de uma coisa de repente.

-Cacete! – resmunguei

Anna me olhou sem entender.

-Eu não tenho camisinha! Merda! – bufei
-Eu tomo pílula... - Anna respondeu séria

Sorri com essa declaração.

-E tudo bem para você? – perguntei
-Se você não foi um safado sem vergonha durante esses dois anos, tudo bem... - respondeu

Eu gargalhei.

-Não, eu não fui um safado sem vergonha... - confessei

A beijei de novo e a penetrei. Meu corpo inteiro queimava. Eu estava onde queria estar, com quem queria estar. Eu amava aquela mulher com todas as minhas forças.

-Ahhhh....

A cada gemido dela eu ficava mais excitado e não demorou muito para chegarmos ao ápice, primeiro ela, depois eu.

Caí como uma pedra na cama, cansado e feliz. Fiquei ainda um tempo deitado, enquanto ela ia ao banheiro. Aproveitei para me enfiar debaixo dos lençóis porque estava frio.

Ao voltar do banheiro Anna colocou a calcinha e a camisola lindamente, apesar de não querer essa atitude dela. Eu queria continuar. Ela deitou sem graça na cama e eu me aproximei. Finalmente ela sorriu discretamente e estava visivelmente envergonhada.

-Tudo bem? – perguntei beijando seus cabelos
-Tudo...
-Mesmo? – insisti
-Thomas, estou me sentindo culpada e anti-profissional!
-Anna, não precisa se sentir assim! Eu estou lá a mais tempo que você, sou o vice-presidente e não me sinto assim... - expliquei
-Estou confusa... - falou
-Confusa com o que exatamente? – perguntei
-Com tudo! – respondeu
-Vamos dar um jeito. Eu vou falar com os sócios e... - ia continuar, mas fui interrompido
-Não! Você não vai fazer isso! Thomas, você está onde sempre quis! Mais um pouco e você será um dos sócios! Isso está claro! – completou
-Mas Anna, vamos ficar escondidos para sempre? – perguntei
-Quem disse que vamos ficar? – perguntou séria se ajeitando na cama

Eu sorri com o que ela disse.

-Não é para rir! – pediu
-Ok, não vamos ficar então...

Falei fingindo que ia sair da cama.

-Onde vai? – ela perguntou
-Vou dormir no chão. Se não vamos ficar juntos... - provoquei
-Seu idiota! – ela jogou um travesseiro em mim
-Idiota? Eu? – comecei a rir
-Volta para cá! Está super frio ai! – ela disse
-Eu já me esquentei o suficiente por hoje... - brinquei

Ela saiu da cama e veio na minha direção me dando tapas nos braços. Eu só conseguia rir.

-Anna! Calma! – pedi
-Calma nada! Você só quer transar comigo!
-Quero outras coisas também! Eu acabei de dizer que ia falar com os sócios!! – expliquei

Ela começou a baixar a guarda e eu aproveitei o momento.

-Quantas vezes eu vou ter que dizer que te amo hein? – perguntei
-Todos os dias, milhões de vezes e mesmo assim eu não vou acreditar! – falou

Eu ria. Até mesmo porque a Anna brava ficava ainda mais engraçada e linda.

-Eu posso fazer isso e eu sei que um dia você vai acreditar... - falei

Ela sorriu e eu a abracei.

-Não sei porque eu ainda acredito no que você fala... - ela disse
-Porque você me ama... - respondi
-Eu não amo!
-Ama sim...

Peguei com as duas mãos no rosto dela e olhei no fundo dos seus olhos.

-Não vamos mais evitar o que está acontecendo aquí Anna! A gente se ama! Eu errei e errei feio eu sei, mas quero concertar!
-Porque não me procurou Thomas? Porque não disse o que aconteceu na época? – perguntou
-Porque eu fui um covarde! E também fui um covarde todos esses dias estando ao seu lado sem fazer nada! Eu também fiquei com medo de me aproximar, de você me odiar ainda mais e ainda tinha a história com o Brian... - expliquei
-E o Brian? Porque nunca falou com ele? Ele era seu amigo de infancia Thomas!
-Não tive coragem. Não tive coragem de encarar uma pessoa que eu traí e que confiava em mim. Eu vou morrer me sentindo culpado por tudo isso...

Eu tinha vontade de quebrar a parede com ódio de mim mesmo.

-Você me ama Thomas?

Anna perguntou olhando no fundo dos meus olhos.

-Amo! Amo muito! – respondi prontamente
-Então você vai ter que provar que me ama... desculpe falar assim e te pedir isso, mas... - ela disse
-Mas? – insisti
-Mas eu preciso saber! Preciso saber se tudo isso é verdade, porque eu não vou sofrer de novo! – explicou

Abaixei o olhar. Eu sentia muita vergonha.

-Você precisa falar com o Brian!

Quando ela disse isso eu arregalei os olhos.

-Eu falar com o Brian? – perguntei para ver se tinha entendido bem
-É! Você mesmo Thomas!

Engoli seco e perguntei:

-Isso vai fazer você acreditar no meu amor por você?
-Isso é uma das coisas Thomas, eu não posso te prometer nada... - ela respondeu
-Eu falo com ele...

Ela sorriu do jeito mais genuíno que alguém pode sorrir e eu a beijei. Esse beijo nos levou de volta para a cama de onde não saímos mais. Eu aproveitava cada momento como se fosse o último. Era como se eu quisesse decorar cada parte daquele corpo que eu tanto conhecia.

Quando finalmente íamos dormir eu fiz questão de abraça-la. Eu não queria desgrudar mais. Anna dormiu em meus braços e eu ainda fiquei acordado pensando no dia seguinte e em como seria daqui para frente. Eu também precisava pensar no que falar para Brian. Eu tinha muita coisa para decidir na minha vida, porque ou eu tomava coragem de uma vez ou perdería a Anna para sempre.

A OraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora