They don't know about us

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Ela POV

O jogo era contra a Itália. Ia ser um jogo difícil, mesmo que fosse apenas um amistoso. E depois do último resultado negativo, mal tive tempo de conversar com meu namorado. Ou ele estava no treino ou dormindo.

Mais uma vez a Duda veio comigo. Estávamos na área vip que parecia mais lotada essa vez. Algumas pessoas vieram conversar com a gente, pois nos reconheceram do último jogo, mas deixei o nome Mario Götze de fora. Assim não fomos incomodadas.

Meu coração estava na boca. Acho que nunca fiquei tão nervosa antes. E, em uma cobrança de escanteio, ainda no primeiro tempo, Müller abriu o placar. A torcida explodiu. Mas então me lembrei que o último jogo também tinha começado bem.

No intervalo estava de 2 a 0 para a Alemanha. Duda comemorava, gritava, xingava e elogiava alguns jogadores. Não sei como, mas ela aprendeu algumas palavras em alemão que eu tenho certeza que deveria ser algum palavrão, porque ela só soltava quando a Itália contra atacava.

Mas então, aos 25 minutos do 2º tempo, veio o 3º gol. Hummels chutou a bola para Özil e esse mandou direto para o gol, sem chance para o goleiro italiano. E então eu comecei a gritar e pular com a minha amiga. Faltavam poucos minutos e estávamos com 3 gols de vantagem.

Götze olhou para a arquibancada em que estávamos, e tenho certeza que aquela piscadela discreta tinha sido para mim. Pisquei de volta e sorri. Logo depois ele foi substituído. A Alemanha voltara a trocar passes, apenas para gastar tempo. Mas um erro fez tudo desandar. Itália marcou um gol sem chance de defesa para Manuel Neuer. Voltei a ficar tensa.

O jogo parecia que iria ficar nos 3 a 1. Estávamos ganhando e isso era tudo. 3 minutos de acréscimos no cronometro. E então, Schurrle sai do nada com a bola, e um chute que eu tinha certeza que era para fora, entra. Ultimo lance do jogo. Torcida explode. Comissão técnica explode. Jogadores do banco invadem o campo e todos começam a comemorar. Eles vem para perto da torcida.

- Oi. A gente ganhou.

- Oi. Eu assisti.

Não conseguíamos para de sorrir um para o outro. Estávamos alheios do que estava acontecendo ao nosso redor, ao mesmo tempo que aquela nossa comemoração silenciosa fazia parte de todo o barulho do estádio.

- Olá. Você é um idiota, eu te odeio, mas conseguiu fazer minha amiga se apaixonar. Então obrigada, porque já tínhamos certeza que teríamos que cuidar dela como uma irmã mais velha da minha filha.

- DUDA!

- Olá, você deve ser a melhor amiga.

- One and only. Esquece aquela francesa metida a besta.

Mario fez uma cara que não entendeu nada, e ai eu lembrei que ele não conhecia a Marie.

- Você não conhece lindo. É minha colega de quarto. E essa é a Duda, a tal fanática por futebol e torcedora do BVB que te falei.

- Ah, é com ela que eu tenho que limpar meu nome?

- Exato.

- Pera aí. Eu sou sua primeira amiga que ele está conhecendo? – Nós dois assentimos – Aprendeu direitinho Babi. Parabéns.

- Amiga e cunhada. Certo? – Mario questionou.

- Acho que ele está começando a me ganhar.

Nós três rimos. Tinha sido melhor do que e achei que fosse ser.

Duda se afastou para cumprimentar outros jogadores e conseguir autógrafos do Reus. Alguém era só um pouco fã girl.

E em um impulso, não resistimos. Mario me rouba um beijo na frente de todos. Dos colegas, da torcida e da mídia internacional. Acabou-se a nossa chance de passar despercebidos. Antes que a gente se afastasse, a Duda cutuca meu braço.

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