I got a lot to say

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Ela Pov

Eu estava apreensiva. Desci do avião com medo do que encontraria em Munique. Depois que desliguei o telefone eu não quis mais nada a não ser voltar para ele. Voltar para Mario.

Nenhum lugar dava informações o suficiente para sabermos o que tinha acontecido. Ele não atendia os meus telefonemas, e nem com o Henri conseguimos falar, apesar de Marco ter ligado em seu escritório.

Sai com minha bolsa na mão e fui andando para o estacionamento. Pela manhã, eu não havia contado para onde eu tinha ido e na hora, eu tive meus motivos. Porém, as coisas haviam mudado. Antes de embarcar em Dortmund, mandei uma mensagem para ele contando onde estava e a hora que meu avião chegaria em Munique.

Sabia que teria que dar muitas explicações, e esperava que ele pudesse me perdoar por ter omitido. Mas naquele momento, a única coisa que eu queria era abraçar Mario Götze.

Procurei ele pela multidão, mas não encontrei. Ia pegar um taxi quando ouvi meu nome.

- Babi.

Olhei para trás, com os olhos já cheios de lágrimas ao pensar que não encontraria com ele ali. Era incrível como que eu mesma me decepcionava com as expectativas que criava.

Mas as vezes, somos surpreendidos conseguindo aquilo que desejávamos.

- Mario.

Deixei minha mochila cair no chão e corri ao seu encontro. O abracei sem me importar com o que qualquer uma das pessoas ao redor iria pensar. Sem me importar em fotos no jornal. Sem me importar com mais nada a não ser ele. Naquele momento, meu mundo se resumia em Mario Götze.

Comecei a chorar em seu ombro, quando ele, sem sucesso, tentava me acalmar.

- Está tudo bem liebe.

-Não, não está. Você está machucado! É grave?

Sem me tirar dos seus braços, ele sussurrou no meu ouvido.

- É uma jogada de marketing. O time não quer que eu jogue o último jogo da temporada contra o Borussia.

Olhei séria para ele

- Mais uma vez isso Mario?

- Calma, dessa vez é diferente.

- Diferente como?

- A ideia foi de Henri. Eu não jogaria de qualquer forma. Guardiola me colocou no banco, e se depender da direção do Bayern de Munique, é ali que vou continuar.

Uma pequena multidão começou a se formar ao redor.

- Acho melhor a gente terminar essa conversa em casa.

Assenti e peguei a minha mochila no chão.

No caminho para casa, tocava Something I need do One Republic. Dentro de duas semanas iriamos a um show deles e era a única coisa que estávamos escutando no pouco tempo que tínhamos para ouvir música.

Sorri ao prestar atenção naquela letra. E eu sabia que era a verdade, "You got something I need, in this the world fool of people, there's one killing me and If you only die once, I wanna die with you".

- I wanna live with you.

Encostei minha cabeça em seu ombro enquanto ele dirigia. Ele tirou a mão do volante para apertar de leve o meu joelho, entendo o que eu queria dizer com aquela frase.

Eu sabia que aquele momento de paz era apenas isso: um momento. Naquele carro estávamos nos dando um tempo para a conversa que não demoraria a vir. Eu odiava conversas sérias, mas se estávamos escondendo coisas um do outro, era porque tinha alguma coisa errada.

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