In the end, everything works how it should be.

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Ele pov

Aos poucos as coisas foram se ajeitando. Nossa casa já estava quase pronta e Babi estava animada para finalmente termos um cantinho para chamar de nosso. Eu estava feliz com o clube. Estava jogando, estava treinando.

O time iria disputar a Champion League e eu estava ansioso para voltar à minha competição favorita. Já tinha um mês desde que entrara em campo pela primeira vez desde voltara ao Borussia Dortmund. Não iria dizer que era a vez que estava mais feliz na vida porque a maturidade estava me fazendo enxergar que passamos por momentos. Sempre teria algum problema, algo para resolver, mas naquele instante, ao entrar no campo com aquele time, eu estava feliz. Estava realizado.

Se eu soubesse o que sabia hoje, jamais teria feito a escolha que fiz três anos atrás. Mas é aquela coisa, nunca sabemos o que a vida reserva para a gente e cada escolha faz parte de quem somos. Sou grato a tudo que vivi nos últimos quatro anos. A transferência confusa, um ano brilhante, a Copa no Mundo, o banco, e no final, a Babi.

Se eu não tivesse ido até Munique jamais teria conhecido aquela pessoa que fez tudo fazer sentido. Mas estava feliz em voltar para casa. Voltar ao lugar que sentia pertencer. E, apesar de ser um jogo fora de casa, eu estava confiante. Tinha perdido a estreia da Bundesliga por causa de uma lesão idiota, mas já tinha voltado a jogar e aos poucos ia fazendo o que achei que fosse ser o mais difícil no meu retorno: reconquistar a torcida.

Mas ainda não tinha feito gols. Será que eu não seria capaz de marcar nunca mais?

O hino da Champions começou a tocar. Sempre arrepiava ao ouvir essa música. Ela sempre me fazia sorrir. Cada um foi para a sua posição. O juiz deu o apito inicial.

A bola estava rolando. Correr ao lado desses meus colegas de time era uma sensação extraordinária. Me fazia sentir parte de algo muito maior. Esses caras sabiam o que eles estavam fazendo, e não era impressionar patrocinador ou uma torcida. Eles jogam porque amam. Era essa a sensação que sempre senti falta no outro lugar que nem queria mais falar o nome.

Escanteio. Fui para meu lugar na grande área. Estava nervoso. Da ultima vez que ficara tão nervoso assim foi quando entrei em campo na final da Copa do Mundo. O juiz apitou.

Vi a bola voando, e sem pensar cabeceei. Gol. Eu havia aberto o placar na Champions League. Eu havia marcado o primeiro gol do Borussia Dortmund para a UCL. Sorri. O maior sorriso que eu já tinha dado em meses.

Corri para abraçar meus companheiros de time. Os jovens que ainda tinham muito o que aprender. Os mais velhos que tinha muito a me ensinar.

Ali era meu lugar. Eu estava em casa. Mario Götze estava em casa e não pretendia ir a lugar nenhum.

Ela pov

De Dortmund eu assistia o jogo com o coração na mão. Não pude viajar por causa do trabalho, mas tinha combinado com as meninas que assistiríamos juntas. Nos reunimos no apartamento de Elena. Sven e Marco estavam machucados e assistiram o jogo com a gente.

Havia cerveja, algum salgadinho e uma televisão enorme. Harriet estava sentada no banquinho na bancada. Ela conversava com uma garota de cabelos escuros que tinham me falado se chamar Amelie, namorada de Lukasz Piszczek, eu ainda não tinha tido oportunidade de conversar muito com ela, mas parecia ser uma garota legal.

Me sentei ao lado de Lou no sofá. Estava ansiosa.  Com os poucos meses que estava ali eu tinha desenvolvido um amor enorme pelo BVB. E hoje, eu já poderia me declarar uma torcedora fanática sem medo algum.

Estava nervosa. Mas mais cedo do que esperava, e me dando um susto, a bola entrou no gol. Todo mundo começou a gritar. Louise me cutucou.

- Babi, o Mario fez o gol.

- O que?

- Sunny Mario está de volta. - Reus gritou.

Eu comecei a chorar e sabia que aquelas lagrimas eram de pura felicidade. Era uma felicidade tão grande que eu nunca achei que um dia seria capaz de sentir. Quando entrei naquele avião em direção a Alemanha imaginava que a minha vida seria de um jeito. Mas quem disse que a vida segue o plano que a gente faz?

A minha havia virado de cabeça para baixo. Eu havia conhecido as melhores pessoas desse mundo. Estava aprendendo a amar tudo aquilo cada dia mais. E eu amava Mario Götze. Mario Götze havia aberto o placar. O Borussia Dortmund estava ganhando porque ele havia voltado.

O jogo terminou 6 a 0 para o BVB. Era uma vitória espetacular. Era tudo que o time precisava para provar que queria crescer. Era tudo que eu precisava para ter certeza que estava no lugar certo. Ter certeza que estava em casa e não queria ir para nenhum outro lugar do mundo. 

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