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Ela Pov

- Alô.

- Babi. Onde você está?

A voz dele era de quem tinha passado um tempo chorando. E por mais idiota que isso pudesse ser, eu fiquei preocupada.

- Estou trabalhando. – O que era verdade. – Mario, está tudo bem?

- Não. Não está. E eu nem sei por que te liguei.

Fui andando para fora da casa onde acontecia a festa. Tinha menos barulho e aquilo com certeza era importante demais para ser ignorado, apesar da vontade e de todo o meu bom senso me mandando desligar o telefone.

- Minha vida virou de cabeça para baixo, amanhã vou sair para a concentração do International Breake e eu não sei o que fazer.

- Onde você está? – Devolvi a pergunta, mas deixando o tom preocupado que eu usava sempre que ficava com medo por meus amigos.

- Em casa.

- Me passa o endereço que estou indo para ai agora.

- Mas você não está trabalhando?

- Já tenho o material que precisava. Não tem problema de ir embora.

Ele me mandou o endereço pelo whatsapp e vi que não era muito longe dali. Avisei a Marie que estava indo embora, e, apesar de algumas reclamações, ela acabou me deixando ir.

Fui andando pela madrugada até que me deparei com um prédio de 18 andares, ele possuía uma fachada rústica. Não tinha porteiro, então interfonei diretamente para seu apartamento, que logo me deixou subir.

A porta estava aberta quando adentrei a casa. Era um apartamento amplo, com uma cozinha/copa que dividia o espaço com uma sala de TV em que tinha um sofá enorme e uma TV com todos os consoles de vídeo games imagináveis ligados. Ao lado um armário com portas de vidro exibiam diversos jogos, mas não tive tempo de reparar em mais do que isso.

Sentado no sofá, envolvo por uma luz amarela fraca que vinha da cozinha, estava um Mario Götze me encarando. Assustei com a situação que ele se encontrava. Deixei a minha bolsa com a câmera no chão e corri ao seu encontro.

Segundos depois que eu sentei no sofá, ele deitou no meu colo. Parecia uma criança, e não um dos homens mais seguros de si que eu já havia conhecido. Comecei a acarinhar seus cabelos, passando assim mais confiança a ele. Mais uma vez, o silêncio entre a gente dizia mais do que qualquer palavra, e dei tempo para que ele falasse quando sentisse vontade.

- Eu não deveria ter te ligado. Ia esperar até voltar do International Breake, mas eu simplesmente não conseguia dormir. – Ele se virou e olhou nos meus olhos antes de continuar. – Tentei me distrair de todas as formas, mas a necessidade de falar com você era muito maior.

- Eu estou aqui. – Toquei de leve a sua barba rala que começava a surgir tentando dar segurança para que ele continuasse falando.

- Meu agente quer que eu saia do meu time. A justificativa dele é que estou sendo subutilizado, e ainda tive a ajuda da mídia com tudo que ela tem publicado sobre isso. Recebi uma ligação do Klopp, você sabe quem é?

- Sim, ele era seu técnico no Dortmund e agora está no Liverpool.

Acho que ele já não estava mais se surpreendendo com meu conhecimento um pouco maior do que o esperado sobre sua profissão.

- Isso! Falaram que seria uma boa eu ir para a Inglaterra, mas eu não sei o que eu quero. Ou melhor, para principio de tudo, meu primeiro pensamento é ficar no Bayern, tive uma reunião esses dias com o diretor, e ele deixou em minhas mãos essa decisão. E eu sei que se não resolver logo, alguém vai resolver por mim, e é isso que particularmente esta me deixando maluco, é uma decisão muito preciosa Babi.

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