Friends

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Notas iniciais: Quando chegar o POV dele, coloquem essa música.  Vocês não vão se arrepender. < 3


Ela POV

A campainha começou a tocar insistentemente. Maldita hora para a Duda sair e a Marie estar no curso. Estava debaixo de várias cobertas, com um moletom velho e a cara inchada de tanto chorar. E a pior parte é que não sabia porque estava chorando, tantos motivos e nenhuma resposta.

Fui me arrastando até a porta, sem me importar com o cabelo bagunçado ou a qualquer outra aparência deplorável que me encontrava. E me arrependi no segundo em que abri a porta.

- Babi, porque você está assim? Vai agora para o chuveiro.

Louise Aigner estava parada na porta do meu apartamento. Tinha conhecido a namorada de Marco Reus na festa pós jogo, mas jamais imaginaria que ela estaria parada na porta do meu apartamento vestindo uma calça jeans, uma blusa social com um maxi colar e um scarpin que deixava a loira ainda mais alta do que já era, fora que carregava uma pequena bolsa da Chanel.

Devo ter feito uma cara de muito assustada, porque a mulher na minha frente entrou o apartamento sem que fosse convidada, agindo como se fosse uma das minhas melhores amigas. E apesar do meu susto, eu realmente sabia que ela poderia ser sim uma das minhas amigas mais próximas ali, afinal, quem mais entenderia de como é ter um relacionamento com um jogador de futebol se não a escolhida de Marco Reus?

- Oi. Desculpa, não estava esperando você aqui.

Fechei a porta e fui atrás dela. Sua segurança era tão grande e a energia tão boa que parecia que meu apartamento inteiro estava mais iluminado. Sua presença já tinha me acalmado um pouco, mas ainda assim não tinha feito nenhuma atitude para mudar minha aparência deplorável.

- Babi, eu poderia enrolar, inventar desculpas, mas vou ser direta. Já estamos atrasadas para uma reunião com o Henri. Vou entender se você quiser ficar, mas eu li todas as mensagens e sugiro que você realmente tome um banho e venha comigo. Nesse exato momento ele está com o Mario, e tenho certeza que vai ajudar vocês a resolver toda essa bagunça.

- Louise, eu sei que vocês só querem ajudar, mas o problema é um pouco mais grave.

Ela se sentou no sofá, parecia mais em casa do que eu.

- Então me conta. Se você não se abrir, não tem nada que a gente possa fazer por você.

Ponderei. Ela parecia ser sim uma pessoa legal, e tinha sido uma das que me ajudaram na festa na casa do Müller.

- Tá bom.

Me sentei ao seu lado e desabei, em todos os sentidos metafóricos que a palavra desabar poderia ter. Acho que nunca chorei tanto na minha vida, e entre soluços e babas (porque sim, quando temos esse tipo de choro, há mais babas do que lágrimas), contei o que tinha acontecido.

- Primeiro eu achei que estava com raiva por causa da reação dos fãs, mas então entendi que era apenas gente sem serviço que estava com inveja. Fala sério, eu seis meses atrás também teria inveja da namorada de Mario Götze, ou qualquer outro jogador de futebol. – Ela entendeu a piada, mas era tão segura de si que nem se quer riu. Fiz papel de boba na sua frente e ela escutou com paciência todas as palavras sem sentido que eu reproduzia. – Mas aí depois achei que estava me sentindo culpada por não ter falado nada para o meu irmão. Mas poxa, é o Gustavo! Conversei com ele e ficou tudo bem. Porém eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Só estava me sentindo muito mal. E quando li aquela declaração que meu chefe fez, foi o topo do problema. Eu sabia que ele ia querer usar esse relacionamento de algum jeito, mas não achei que fosse ser tão descaradamente assim. E...

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