Capítulo 28

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Despediram-se de Ruth e das crianças e subiram de mãos dadas até o quarto. Alfonso começou a afrouxar a gravata enquanto Anahí o olhava nervosa.

Anahí: Alfonso... Eu...

Ele não pareceu ouvir e foi para o banheiro. Então...

Alfonso: O que foi que aconteceu? -ele saiu para a porta, olhando-a, incrédulo-

Anahí: Eu precisava colocar meus pais em algum lugar. Era a única solução.

Estendeu a mão agitada pelo quarto, onde o banheiro brilhante e limpo, ostentava a pia vazia. Também esvaziara uma parte de seu armário e colocara as roupas no de Alfonso.

Alfonso: E nós dois vamos dormir em que quarto? -ele perguntou bravo-

Anahí fez um gesto na direção da porta.

Anahí: Vai dar tudo certo. -ela disse nervosa- Comprei duas camas novas para os quartos de Sam e Kate. Sua mãe pode dormir no quarto com Kate. -Ruth sempre dormia lá na noite do Natal para ver as crianças abrirem os presentes logo cedo- Vou dormir com Michael e você pode dormir no quarto de Sam. São só duas noites, Alfonso. Você sabe que se colocarmos os gêmeos no mesmo quarto nunca vão dormir.

Alfonso: Que droga! -ele explodiu- O que houve com você, Anahí? Por que tenho de oferecer minha cama para os seus pais? Por que eles não podem dormir nas outras camas? Ou fez isto só para me irritar? Porque, se foi de propósito, vou avisar que estou no limite!

Anahí sentiu-se injustiçada.

Anahí: Desde quando meus pais causaram algum problema? Você os aguenta aqui só uma vez por ano. Pelo amor de Deus, tenha um pouco de consideração. Amanhã vão dirigir até aqui depois de trabalhar o dia todo. Eles estão envelhecendo, Alfonso, não ficarão confortáveis com os gêmeos!

Alfonso sacudiu a cabeça muito bravo para conseguir escutá-la.

Alfonso: Eu ainda não acredito no que você fez. Chego depois de uma semana infernal em Huddersfield, procurando um pouco de consolo em minha própria casa e o que encontro? Uma esposa vingativa que me expulsou do quarto. O que eu sei é que você não quis mudar para uma casa maior, por que então eu devo perder meu conforto? -o olhar acusador dele fixou o rosto de Anahí- Que droga, droga, droga!

Anahí: Por que não vai ficar com Sara, então? Quem sabe ela te acomoda melhor? -ela disse, irritada, e saiu do quarto sem dar tempo para ele responder-

Desceu para a cozinha e, em vez de colocar a louça na máquina, resolveu lavar tudo na tentativa de se acalmar. Duas mãos apareceram ao lado de sua cintura, prendendo-a contra a pia e uma boca cálida beijou-lhe a nuca.

Alfonso: Desculpe. –murmurou- Eu não queria dizer nada daquilo.

Ela esfregou o prato com mais força.

Anahí: Então por que falou?

Alfonso: Porque... -ele não terminou a frase, preferindo beijar seu pescoço-

Anahí: Por que o quê? -ela insistiu, empurrando-o com o ombro-

Alfonso: Porque fiquei desapontado. Só pensei em você naquela cama durante a semana inteira. Porque esqueci que seus pais viriam, porque não quero dormir no quarto de Sam. Quero dormir com você. Quero acordar na manhã do Natal com seu rosto ao meu lado. Existe mais um milhão de porquês, mas o mais importante é que está me tirando o único lugar onde me sinto próximo de você. Eu preciso daquela cama, Anahí!

Com um movimento brusco, ela deixou o prato cair na pia e chorando, virou-se para abraçá-lo.

Anahí: Desculpe, Alfonso, eu estou tão infeliz!

Alfonso: Eu sei. -ele concordou, abraçando-a com carinho-

Finalmente, ela parou de chorar e acalmou-se. Alfonso ergueu seu queixo com a mão.

Alfonso: Minha mãe vai me matar se ver você assim. Basta um olhar e ela vai me culpar sem ouvir explicações.

Anahí sorriu porque ele estava certo. Ruth ficava sempre do seu lado, mesmo se não tivesse razão.

Alfonso: Você me desculpa? -ele perguntou e afastando uma mecha do cabelo do queixo molhado- Vamos fazer uma trégua e ter um Natal gostoso? Até desisto da minha cama, se te deixar feliz!

Anahí: E quem disse que isso me deixa feliz?

Abaixou a cabeça para procurar um lenço no bolso dele e não evitou um sorriso quando seus dedos tocaram de leve o sexo de Alfonso.

Alfonso: Sua pequena provocadora! -acusou, divertido com o lampejo de humor da antiga e brincalhona Anahí- Uma trégua, por favor.

Anahí: Está bem.

Ele a empurrou para fora da cozinha.

Alfonso: Venha conversar comigo enquanto me troco.

Subiram, e Alfonso lançou um olhar cobiçoso para a cama.

Anahí: É claro que esta noite ainda podemos ficar no quarto. -ela disse casualmente, e recebeu um beijo-

Quando entraram no quarto, Anahí o observou trocar de roupa, era quase uma tortura olhar para o corpo de Alfonso, tão másculo e não poder tocar. O corpo dela já estava quente pela visão. Ele, como se estivesse lendo sua mente, se aproximou dela, pegando suas mãos e passando por seu peitoral.

Anahí quase desfaleceu.

Desde quando tudo aconteceu entre eles, ela não o tocava dessa forma. Ela tentou puxar a mão de volta, mas ele não deixou. Se encararam por alguns segundos, e então ele a puxou, a tomando em seus braços num beijo apaixonado.

Ela deixou a língua dele invadir sua boca, para logo a acariciar com a sua. As mãos dele desceram pelo corpo dela, começando a despi-la, e Anahí não se deixou pensar em mais nada.

Quando ela se deu conta, os dois já estavam caídos sobre a cama, com o desejo os consumindo. Ela soltava alguns suspiros incontroláveis, enquanto ele se saciava por seu corpo, a boca passando em cada delicioso canto.

Ela gemeu, quando sentiu o membro dele a invadir. Alfonso delicadamente começou os movimentos, vendo ela com os olhos fechados mordendo o próprio lábio. Era o inferno para ele. Logo acelerou em cima dela, deixando que o prazer os consumisse de uma vez.

E mais uma vez, Anahí se negou à ele.

A Falta que Você me Faz [ADP]Onde histórias criam vida. Descubra agora