Messages - Justin Bieber

85 - Lauren

Estávamos saindo do restaurante Japonês quando uma mulher nos parou e comprimentou Justin. Meus dedos estavam entrelaçados com os dedos dele, então os afastei quando percebi a mulher encarando.

- Justin, eu preciso muito conversar com você. - ela disse com a voz embargada.

- Tudo bem, quer ir pra onde? - ele disse nervoso.

- Vamos nos sentar em alguma mesa. - sorriu nervosa enquanto eu observava aquilo pensando se devia deixá-los ou não.

- Te encontro lá fora. - cochichei e quando ia caminhar pra fora do restaurante Justin segurou minha mão.

- Fica.

Nos sentamos numa mesa distante do restante das pessoas e a mulher parecia um pouco desconfortável na cadeira dura, ela provavelmente estava grávida pois sua barriga era enorme. Justin estava pálido e suas mãos soavam.

Eles conversaram um pouco sobre se já se conheciam antes e logo começaram a falar da gravidez dela:

- Eu estou grávida Justin.

Ele arqueou as sobrancelhas e perguntou:

- E eu com isso?

- Estou grávida de você.

Justin sorriu mas era um sorriso forçado e nervoso. Meu estômago revirava. Foi como uma bomba.

- Eu já nasci faz tempo, querida. Não estou entendendo. - seus dedos batucaram a madeira da cadeira e então os segurei forte para ele saber que eu estava ali dando apoio mesmo que estivesse tão nervosa quanto ele.

- Duas semanas depois que ficamos eu comecei a sentir os sintomas. Fiz o teste e deu positivo. - ela disse sem se importar com a brincadeira dele. Será que ela estava dizendo a verdade? Suor escorria pela minha testa.

- Cara, isso deve ser um engano. Por que só me procurou agora? Com quantos meses você está? - ele estava inquieto e balança as pernas. Aposto que tinha tantas perguntas...

Algumas lágrimas escorreu dos olhos puxados da mulher na nossa frente e eu via o desespero nos olhos de Justin. Eu não estava acreditando naquilo.

- Justin, eu te procurei mas não te encontrei. Trinta e duas semanas.

- Você não pode deixar as coisas mais simples?? - perguntou irritado.

- Oito meses.

Ela secou as lagrimas e se levantou, Justin e eu estávamos incrédulos.

- Toma meu número. - entregou um cartão a ele. - Quando estiver menos nervoso nós conversamos. Me ligue, por favor. - e saiu pela porta enquanto eu e Justin ficamos sem reação. Ele balançou a cabeça e colocou as mãos na boca, logo depois se levantou.

Fomos até o carro sem falar nada, Justin estava preocupado, eu podia ver isso claramente. Ele ficou em silêncio e dirigiu até minha casa. Eu não ousei dizer algo a ele, eu estava com medo, aquilo era bem complicado.

- Lauren, eu não sou pai daquela criança. - ele disse olhando para frente quando estacionou em frente de casa.

- Justin, calma. - pedi. - Você tem que ver isso direito. - mordi os lábios de nervosismo.

- Eu sempre tomei um baita cuidado com isso! Eu não posso ser pai, não agora, não de uma criança dela.

- É uma criança, Justin! Se você for o pai vai ter de arcar com as consequências!!!! - eu disse alterada tentando me conter para não brigar com ele, ele não tinha culpa, faziam meses.

- Eu tenho certeza que não sou. ELA SÓ PODE ESTAR MENTINDO. - bateu as mãos no volante e vi uma lagrima descer de seus olhos. Meu coração se partiu. Coloquei a mão em seu braço coberto pela camisa social e acariciei.

- Vamos esperar.

- E se eu for pai? - indagou. - Eu quero ser pai, mas poha, eu tenho uma vida enorme pela frente e quero isso com a mulher da minha vida e não com uma que nem sei o nome!

- Você será e pronto, Justin. Vai fazer o que pais fazem.

- Eu não quero perder você, Lauren. Merda, isso destruiu o meu dia.

- Você não vai me perder, podemos passar por isso juntos. Quando a criança nascer você faz o exame de DNA, se der positivo vai cuidar dela.

Ele segurou minha mão que acariciava seu braço e depositou um beijo nela.

- Eu preciso pensar. Deve ter um engano nisso.

- Tudo bem. Amanhã nós conversamos. Vá descansar. - sorri pra ele e dei um beijo em seus lábios.

- Eu sinto muito. - ele sussurrou.

Desci do carro e pude ver ele batucar os dedos no volante então bati a porta e entrei pra dentro de casa e desabei a chorar assim que fechei a porta.