Depois de algumas horas, voltamos para casa. Kat já estava lá, praticando Zumba no Kinect, dançando freneticamente com uma roupa curtíssima de ginástica e os cabelos amarrados. A cena era engraçada, porque ela não era muito boa nisso. Quando olhou para trás e viu eu e Dimitri assistindo o showzinho dela, ambos com cara de gracinha, ela parou imediatamente, com o rosto vermelho.
"Por que não me avisaram que vocês estavam aqui?"
Demos uma risada juntos.
"Estava tão bonita... A cena de você sacudindo e empinando o traseiro.", imitei.
"Você... É uma bruxa, Mitchoff!"
"Não mais que você, Keegan."
Ela colocou uma camiseta descente e foi até à nossa pequena cozinha.
"E aí... como foi?"
"Seu namoradinho, Stephen mandou abraços!", disse com um ar de deboche.
"Vou perguntar para alguém que realmente me leva a sério. Di, como foi?"
Dimitri deu um sorriso e disse entusiasmado:
"Agora sou oficialmente o Sr. Dylan Samberg!"
Batemos palmas e demos uns gritinhos, comemorando feito crianças.
"E agora? Qual é o próximo passo, garotas?"
Kat e eu pensamos, e juntas demos de ombros.
"Não sei... Acho melhor agora vermos um lugar pra você ficar. O mala do Phellix pode descobrir e querer nos ferrar!"
"Mas... Onde, Kat?", ponderei e possibilidade e lugar algum veio a minha cabeça.
Dimitri se manifestou antes de concluirmos nossa linha de pensamento.
"Sem falar o fato de eu tentar descobrir o que houve comigo. Não posso deixar isso cair no esquecimento, meninas. Preciso saber como Sondra viveu todos esses anos sem saber, o real porquê de eu ter desaparecido."
Em tocou em um ponto da conversa que eu não queria que ele tocasse. Kat percebe e interveio, da maneira mais casual que podia.
"Gente, vamos pedir uma pizza? Tudo é melhor de se resolver comendo! Nada como trazer de volta todos os quilos que eu perdi na Zumba, comendo uma bela pizza de calabresa.”
Ligamos a Lion Blatt, a melhor pizzaria da região e pedimos ao senhor Lion para caprichar no queijo. Toda vez que Kat ligava para ele, o saudava com um pequeno “Roar”, debochando do nome do dono. Mas ele já havia se acostumado com a gente. Éramos dos seus clientes, as melhores.
Ligamos a televisão e fomos escolher um filme para assistirmos, antes da pizza chegar. Enquanto eu procurava os filmes com Kat, Dimitri foi colocar uma das roupas leves que comprara no dia anterior. Eu encarava as opções de filmes, alternando os olhares entre as caixinhas dos DVDs e um Dimitri inocente. Sussurrei para Kat, preocupada.
"Kat, vamos pegar leve com o filme. Nada de pôr um Vingadores ou um Avatar pra ele ver logo de cara!"
"Cinquenta tons, pode?", ela mordeu o lábio, maliciosa.
"Você é uma meretriz mesmo, garota!"
"Amo quando você tenta variar as formas de me chamar de vaca, Brendy. ” Kat deu uma piscadinha e aumentou o tom da voz. “Ei, Di... Quer ver Duro de Matar?"
"O que é isso?", ele se jogou no sofá, com uma coberta e eu ri interiormente. Parecia que ele já se sentia em casa.
"Kat eu disse pra pegar leve!", vociferei, depois de espairecer e notar o filme que ela citara.
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Você Não Existe
FantasyO que você faria se algo que você inventou realmente existisse? Brenda Mitchoff, aluna de literatura em Vancouver, escreveu o seu primeiro livro: "Algumas Cartas", nos últimos anos da universidade. O livro teve toda a sua dedicação, já que ele seria...