Capítulo 19

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Passou se um tempo, eu não estava trocando muitas palavras com o Thiago e Juliana estava cada vez mais apaixonada. Em um mês seria a viagem. A turma estava bem ansiosa, não pela viagem, mas sim pela pegação que rolaria lá. Eu queria muito viajar, mas não por causa dos meninos, afinal ainda gosto do Thiago e tenho muito ciúmes dele com a Ju, sinto que me afastei dela também e me aproximei mais do Lucas, queria viajar pra sair da rotina, para me divertir. Apesar de ainda gostar de Thiago, eu continuava ficando com o meu professor. Certa vez ele quis me levar em sua casa, inventei uma desculpa, pois não queria ir longe demais com ele. Ele se mostrou um pouco chateado, então, para recompensa-lo combinamos de fazer um passeio pelo centro de São Paulo. Passaríamos a manhã e tarde juntos, claro que isso seria em um sábado e eu disse aos meus pais que sairia com um menino da escola, o que não era mentira. Meu pai não deixou de inicio, mas minha mãe o convenceu dizendo que eu era jovem, mas tinha responsabilidade, que eu não seria sua menininha para sempre e se ele me proibisse eu poderia fazer escondido, podendo ter uma consequência pior, ai ele pensou bem e deixou. Minha mãe depois perguntou um pouco sobre esse menino e eu disse tudo que o Vitor era, menos que ele era meu professor e claro, a sua idade.

Sábado...

Acordei por volta de oito horas da manhã. Fui direito tomar banho para despertar, pois ninguém merece acordar a essa hora no sábado, mas como eu tinha prometido. Tomei o banho e enrolei uma toalha no meu corpo. Fui até o guarda roupa e peguei um shorts curto desfiado, um cropped( que não mostrava muito a barriga), vesti a roupa escolhida juntamente com minha roupa intima, arrumei uma bolsa pequena e fui tomar café. Iria encontrar o Vitor em uma estação de trem.

-Bom dia – disse aos meus pais que estavam tomando café e sentei a mesa.

-Bom dia – disseram.

-Já tá pronta? – perguntou meu pai.- Como eu disse, eu posso te levar até a estação.

-Sim e pai já conversamos sobre, por favor. – disse.

-Ok. Mas é pra tomar cuidado e ele vai ter que vir aqui qualquer dia. – afirmou.

Concordei com a cabeça, mas Vitor nunca iria na minha casa.

Alimentada, voltei para o quarto e terminei de me arrumar, me despedi dos meus pais e peguei um ônibus até a estação que seria nosso ponto de encontro.

Vitor é bem legal, mas me olha de uma forma muito abusiva, ás vezes. Ele repara muito no meu corpo e me diz o que acha a respeito. Certa vez ele me beijou e depois olhou para meus seios dizendo que queria provar mais que minha boca. Depois ele riu parecendo ser uma cantada barata, mas fiquei um pouco cismada.

Andamos por vários lugares de São Paulo, mas já passava das 17 horas.

-Acho melhor eu ir- disse.

-Por que? Ainda nem escureceu. – perguntou Vitor.

-Se eu chegar muito tarde, meus pais vão fazer muitas perguntas- respondi.

-Poxa May, eu ia te levar pra conhecer uns amigos.- disse.

-Como assim? Uns amigos? Você não me disse nada. – falei

-Eu já ia te falar, na realidade quando eu digo amigos, quero dizer amigas também. Eu to a fim de ti e mencionei seu nome para eles e disse que ia te levar lá. Vamos vai, é pertinho daqui, ai depois nós vamos embora – ele me olhou com uma cara de cachorro abandonado.

-Tabom, mas só vamos ficar um pouco- disse e ele me deu um beijo rápido.

Ele disse que o local era perto e dava para ir andando. Ficava no centro mesmo, ao chegar percebi que era uma casa e fiquei apreensiva, afinal, eu ia entrar na casa de um desconhecido. Travei.

O menino do outro lado da ruaOnde histórias criam vida. Descubra agora