Capítulo 13 - Karaokê

4.6K 283 13
                                    

Oi gente linda! Me desculpem pela demora, eu estive realmente muito ocupada....
Espero que nao tenham abandonado a história, prometo que nao demorarei tanto para atualizar de novo!

Tem música no meio do capítulo e eu vou deixar os links aqui caso queiram saber quais são! Estão na ordem que são cantadas/tocadas na historia...

Música 1: Um Dia - Reação em Cadeia (
https://www.youtube.com/shared?ci=qwdbhgv3zTo )
Música 2: Are You Happy - Michelle Branch ( https://www.youtube.com/shared?ci=0gLwFbLszGQ )

Beijos! :*

Camila's Point Of View

Na manhã seguinte, eu e Sofia nos levantamos cedo, o dia estava gelado apesar do sol que se fazia lá fora. Vesti a calça jeans do dia anterior e uma jaqueta que Sofi me emprestou e terminei de me arrumar antes de descer. Tomamos café e saímos para caminhar. Ela continuava a me contar sobre a escola, os meninos e tudo o que eu havia perdido após me mudar para Miami.
- Mas Mila desde que você chegou, eu só falei de mim. Me conta como estão às coisas na sua casa, seus amigos novos, sua nova família... – sorri e comecei a mexer no cabelo.
- Estão todos ótimos. Taylor a cada dia que passa parece mais contente com a nossa presença, acho que minha mãe é a primeira mãe que ela tem. A esposa de Mike morreu no parto dela... Chris é quieto, mas é um garoto legal. Mike é com certeza o melhor que minha mãe poderia ter escolhido. É a primeira vez em anos que eu a vejo tão radiante!
- Não está se esquecendo de alguém? – ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Ah, claro. – me fiz de desentendida. – Meus novos amigos também são ótimos! Sandra é bastante diferente de vocês, mas, ela é ótima da maneira dela. As meninas são umas gracinhas, super carinhosas e as vezes me pergunto como deixaram eu ser amiga delas sendo grossa desse jeito! Dinah é...
- Não Mila, não estou falando dos seus amigos. – ela disse me interrompendo.
Paramos em frente a um cais abandonado que costumávamos ir desde que éramos crianças, havia apenas uma ponte de madeira e então um lago enorme. Caminhamos pela ponte e nos sentamos com as pernas penduradas refletindo na agua.
- Está falando sobre o que então?
- Ai Camila! Não se faça de idiota, por favor. Acha que eu não sei o que está acontecendo? Desde que eu fui vê-la... – eu a olhei com a testa franzida. – Como está Lauren?
- Retardada como sempre. – tentei sorrir inutilmente.
- Ai Mila! – ela disse rindo. – Essa é uma das qualidades que eu mais prezo em você. – a olhei, confusa. – Sua sinceridade. Você não sabe mentir Mila, e só quem realmente não a conhece percebe isso. Mas tudo bem, se não quer falar, eu não vou obrigar. Mas saiba que às vezes é melhor desabafar do que ficar guardando para si.
- É eu já ouvi dizer. – falei ao me lembrar do dia que contei a Lauren sobre meu pai, ela dissera praticamente a mesma coisa...
"Talvez se sinta melhor se falar sobre isso!" Ele dissera.
Não é que eu não confie em Sofia, eu realmente confiava nela, talvez até de olhos fechados. Mas eu não queria falar sobre aquilo, para mim, quanto menos eu pensasse melhor eu me sentiria.

Lauren's Point Of View.

Aquela semana pareceu se arrastar, mas finalmente havia chegado sábado. Arrumei a casa para esperar meu pai, Sinu e as crianças chegarem, preparei o almoço e tomei um banho rápido. O barulho do portão da garagem se abrindo me fez pular do sofá. Sabia que estava sendo absurdamente ridícula, considerando que nem ao menos sabia de Camila estava junto deles, o que eu achava improvável.
- Lauren! – Taylor gritou ao abrir a porta, correndo até mim e pulando em meu colo.
- Deus, Tay! Até parece que ficou anos sem me ver... – ela olhou para mim sorrindo.
- Duas semanas é muito tempo, eu trouxe um presente! Cadê a Mila?
- Já deve estar chegando em casa, ela foi ver os avós!
Sinuhe entrou trazendo as malas e as deixou perto das escadas, aproximou-se de mim e me abraçou enquanto perguntava se Katniss já havia chegado.
- Bom, então ela deve estar chegando por volta das cinco horas... – respondeu ao me soltar.
Almoçamos os cinco juntos enquanto eu os ouvia contar sobre a viagem. Depois tiraram os inúmeros presentes das sacolas, Taylor havia escolhido para Camila uma Minnie tamanho gigante e estava orgulhosa do próprio presente. Mas tarde a levei para cima para dormir enquanto Sinuhe e meu pai descansavam da viagem. Quando Taylor já ressonava tranquilamente em sua cama desci ao ouvir o telefone tocar.
- Alo? – um ruído passou pelo fone, muitas pessoas falando ao mesmo tempo.
- Mãe?- reconheci a voz de imediato, era Camila. Presumi que estava no aeroporto pelo barulho. Eu tentava falar, mas ela parecia não ouvir a ligação estava horrível. – Mãe, se estiver me ouvindo, pode vir me buscar no aeroporto?
Então a ligação caiu, mandei-lhe uma mensagem do celular do meu pai dizendo que ela já estava a caminho. Subi e entrei no quarto, mas tanto ela quanto meu pai estavam dormindo. Eu mesma teria que ir busca-la, mesmo sabendo que aquilo não a agradaria.
Deixei um bilhete em cima da mesa caso alguém acordasse, avisando que iria buscar Camila no aeroporto. Peguei as chaves do carro em cima da bancada da cozinha e me dirigi até o aeroporto, rezando para que ela não me matasse. Conhecia muito bem o gênio de Camila, e sabia que ela teimaria em voltar para casa comigo. Mas, o que eu poderia fazer? Ou alguém a buscava, ou ela esperava até o dia seguinte, quando alguém naquela casa resolvesse acordar.
Ao chegar ao aeroporto tentei ignorar o tremor que tomava conta de meu corpo e principalmente minhas mãos. Tentei engolir a ansiedade que eu tinha em vê-la, fora apenas uma semana e, no entanto, pareceram anos sem ela aqui. Então eu vi seus cabelos castanhos destacando-se em um banco afastado da multidão que vagava por alo, ela estava sentada e parecia mexer em algo que segurava e suas mãos. Puxei o máximo de ar que consegui e soltei com força para ir até ela, de repente eu não sabia como olhá-la. Não sabia como encará-la e nem o que eu diria. E ironicamente eu tinha tanto a dizer...
Aproximei-me devagar desviando das pessoas e parei atrás dela, tomando fôlego novamente e toquei seu ombro de leve. Ela se virou para trás, a surpresa estampada em seu rosto e então repentinamente seu semblante mudou.
- Onde está minha mãe? E seu pai? – ela perguntou rispidamente.
- Estão dormindo, então eu vim busca-la. – ela assentiu pensativa e logo voltou a olhar para mim.
- Então vamos, foi uma longa viagem...
E então eu percebi o que ela estava fazendo, ela me olhava como costumava a olhar quando fora morar em minha casa. Com desprezo! Ela fingiria que nada havia acontecido, apagaria de sua memoria as ultimas semanas. Ela se sentou e ficou a encarar a rua pelo vidro, eu não sabia se deveria ou não puxar assunto, dizer qualquer coisa que fosse quebrar aquele silencio torturante. Preferi deixar como estava e liguei o carro. O transito estava terrível por causa do horário, parei atrás de milhares de carro e apoiei meu braço na janela, não sairíamos dali tão cedo. Estiquei o braço para ligar o rádio escolhendo uma estação. Assim que achei uma musica boa e tirei minha mão dali, Camila enfiou um CD dentro.
- É muita falta de educação da sua parte, Camila. – murmurei tirando o CD.
Ela bufou revirando os olhos, mas virou para o canto novamente e nada disse. Durante um instante seu olhar encontrou o meu e ela desviou rapidamente puxando seu iPod da bolsa e levando os fones aos ouvidos.
- Quanta maturidade. – murmurei. Mas, para a minha desgraça ela ouviu.
- Claro isso vindo da Senhora "eu sou influenciada pelas minhas amigas". Muito maduro da sua parte! – ela virou o rosto cruzando os braços na altura dos seios.
- Do que está falando? – minha voz vacilou ao perguntar. É claro que eu sabia do que ela estava falando, mas não fazia ideia de como ela havia descoberto.
- Sandra não poupa as fofocas no telefone. Acredito que terei que enviar o dinheiro da conta de telefone para a casa da Sofia. – ela falou com a fala carregada de sarcasmo.
Os carros finalmente começaram a sair do lugar e fomos em silencio o resto do caminho todo.

Camila's Point Of View.

My Life With Lauren Jauregui [Camren]Onde histórias criam vida. Descubra agora