Capítulo 22 - O Natal

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Camila's Point Of View

Senti o sol forte queimar minhas costas. Abri os olhos e Lauren ainda dormia. Me levantei enrolada no lençol e caminhei até a sacada do quarto. Com o sol brilhando era que eu podia ver como aquele lugar era magnífico e enorme. Senti os braços de Lauren envolver minha cintura e seu rosto afundar em meu pescoço.

— É lindo. – eu disse – Mas está tão... Vazio. – ela me soltou e parou ao meu lado apoiando-se na grade.

— George solta os cavalos logo cedo, mas como eu os dispensei... Quer fazer isso comigo? – dei de ombros e concordei com a cabeça. A verdade é que eu não possuía nenhuma experiência com fazendas.

Vestimo-nos rapidamente, calçamos as botas do dia anterior e caminhamos até o estábulo. Estava muito quente, o sol pinicava por cima da regata branca que eu usava. Lauren me deu um chapéu parecido com o que ela usava só que um pouco menor. Fiz duas tranças e o coloquei. Era bom para esconder o rosto do sol. Minha pele era muito branca e com certeza eu teria que inventar alguma coisa quando chegasse em casa com o rosto vermelho.

— Você monta no Sol. – ela disse enquanto abria as portas do estábulo. Vale enfatizar o quanto Lauren estava um verdadeiro tesão vestida naquela calça jeans desbotada, as botas, o chapéu, uma palha na boca e uma camisa branca com botões abertos mostrando seu decote. – Camila? – pisquei quando ela me chamou e traguei a saliva desviando meus olhos de seu corpo.

— Sol? Que Sol?

— Vai ver. – ela esboçou um sorriso malicioso e entrou no estábulo. O segui até a terceira baia. Um cavalo enorme com os pelos ruivos estava relinchando enquanto Lauren acariciava seu focinho.

— E-eu... Prefiro fazer companhia a minha filha.

— Não seja medrosa. Ele parece mal, mas é um bom cavalo. Você precisa me ajudar a tocar o gado. Ele passa a noite toda fora. E pela manhã George toca ele pra cá.

— Lauren... A única experiência que eu tenho com cavalos foram às vezes em que meu avô me levou no parque de diversões e eu andei no carrossel! E eles nem eram de verdade! – ela apenas riu do meu pavor e me puxou pela mão.

— Fique aqui enquanto eu preparo ele. Vou montar nele com você e daremos uma volta antes para que você se acostume. Mas depois você vai sozinha. – revirei os olhos e cruzei os braços no peito enquanto ela arrumava a cela.

Trovão saiu da baia e Peeta montou nele imediatamente.

— Vem. – me chamou estendendo a mão. – Só colocar o pé no estribo – ela disse apontando para o estribo – e subir.

Peguei sua mão e fiz o que ela disse. Ela me puxou para trás de si e eu me acomodei segurando em sua cintura.

— Viu, não é tão ruim.

— NÃO SE ATREVA A ME DEIXAR SOZINHA EM CIMA DESSE CAVALO LAUREN! – berrei enquanto ela se afastava para o estábulo novamente.

— Segure na cela, amor. Vou pegar a Lua e nós já vamos. – ela disse enquanto ria.

Era muito fácil para ela! Toda perfeita cavalgando com muita habilidade, enquanto eu, sem experiência e sem coordenação motora segurava a rédea completamente imóvel.

— Tudo bem Solzinho. Seja bonzinho com a mamãe e você ganha um floco de açúcar no final do dia. – ela relinchou em resposta e eu me assustei. Passei a mão sob seu pelo acalmando-o. – Tudo bem. Que tal uma cenoura? Cavalos comem cenouras? – sussurrei para mim mesma. Lauren estava vindo montado em um cavalo branco – Lauren! Cavalos comem cenoura? – ela apenas riu e fez o cavalo trotar.

My Life With Lauren Jauregui [Camren]Onde histórias criam vida. Descubra agora