Capítulo 47

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POV ALYCIA

As duas semanas passaram mais lentas do que eu poderia imaginar. Mas finalmente o dia tão esperado chegou e eu estava voltando do consultório médico super feliz, chega de tipóia, de cotoveleira e qualquer tipo de medicamento.

Esses últimos dias eu passei bastante com Jas, sim meu tempo era super ocioso. Mas voltando a Jas, não sabia que uma tartaruga requer tanto cuidado! Passei boa parte do tempo arrumando sua nova "casa" - que ficaria na sala onde todos tinham acesso - fui atrás de tal luz que emite radiação UVB, de um viveiro e todas as coisas que o moço da loja disse necessário para manter uma tartaruga.

Sinto o carro parar e olho para o lado notando que já estava em frente ao prédio onde morava, paguei o taxista e logo subi para o apartamento. Como fui ao consultório hoje, só retornaria as gravações amanhã, adentrei minha casa e o silêncio ao qual eu não estava aguentando mais se fez presente. Joguei as chaves na mesinha e me joguei no sofá de qualquer jeito, sinto meu celular vibrar e sorrio ao notar uma mensagem da Eliza.

"Tudo certo na consulta hoje?" - sorrio ao lembrar que ela estava mais ansiosa que eu, pois quem tinha que aguentar minha chatice por não fazer nada era ela.

"Melhor impossível. Estarei de volta às gravações amanhã conforme planejado" - respondo-a

"Fico feliz! Vê se agora tome mais cuidado"

"Fica feliz por não ter que me ouvir resmungar ou feliz porque estou curada" - pergunto só para irrita-la

"Nossa Alycia como você é engraçada, estou rindo hahahaha. Óbvio que é porque não terei que aturar mais sua chatice" - responde e eu rio.

"Bela resposta. Pena que não acredito que esse seja o motivo maior" - respondo

"Touche" - sorrio ao ler - "Tenho que ir ): tirei esse tempinho só para saber se estava tudo okay"

"Tudo bem, amor. Volte para sua entrevista, e se cuida"

"Você também se cuida. E nada de esforço com esse braço, não é porque tirou a imobilização que pode fazer qualquer coisa" - e lá estava ela superprotetora

"Sim senhora" - falo imaginando ela revirar os olhos diante minha frase

"Para com isso, Alycia --'. Bom vou nessa, beijos e se cuida"

"Me cuidarei e beijos"

Bloqueio o celular e coloco-o na mesa de centro, me deito no sofá esperando a hora passar. Não sei exatamente quantas horas se passaram, só sei que despertei com o barulho da chave no trinco da porta. Cocei meus olhos e me sentei no sofá olhando atentamente para porta, logo vejo Eliza entrar.

- Hey - ela fala enquanto coloca sua bolsa na mesa - acordou agora? - pergunta quando se aproxima de mim

- Uhum - falo e aceno que sim com a cabeça - e acho que dormi demais. Você já está em casa - concluo e ela ri

- Provável que tenha dormido mesmo - me respondeu ainda rindo, estendo minhas mãos para ela que segura sem hesitar. Puxo-a para meu colo e rapidamente envolvo sua cintura com minhas mãos enquanto meus lábios procuram os seus, deposito um rápido e molhado beijo em seus lábios e a olho sorrindo.

- Oi - falo sorrindo e ela envolve meu pescoço com seus braços e me da um beijinho na ponta do nariz

- Oi - me responde sorrindo - vejo que seu braço está melhor do que antes - comenta ao notar que fiz movimentos sem reclamar de dor, faço que sim com a cabeça.

- Sabe o que isso quer dizer? - pergunto olhando fixamente em seus olhos e ela nega com a cabeça - significa que poderei te aproveitar 100% - falo sorrindo maliciosa e ela ri - Nada mais de ter que me "adaptar" para não sentir dor, nem nada do tipo. Agora posso voltar a fazer isso - falo deslizando minha mão que estava imobilizada pela lateral do seu corpo - e isso - levo a mesma mão até sua nuca e seguro seu cabelo - enquanto movimento a outra - concluo enquanto deslizo a outra mão até sua bunda e aperto.

Red String Of FateOnde histórias criam vida. Descubra agora