Capítulo 69

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POV ALYCIA

- Ela chorou um pouco, mas fora isso tivemos uma noite tranquila - falava para meus sogros que estavam curiosos a fim de saber como foi a primeira noite de Louisa em casa

- Que bom que conseguiu descansar - Ava fala enquanto segura minha mão e me presenteia com um sorriso

- Bom.. a Eliza minha neta não puxou - David comenta e dá uma risada - lembra as noites que passamos acordados porque ela não parava de chorar? - pergunta olhando para a esposa que se limita a acenar em positivo enquanto ainda sorria - Ela nos dava um baile, principalmente nos primeiros dias - fala me olhando e eu sorrio para ele

- Acho que nesse aspecto fico feliz por Louisa não tem puxado a outra mãe então - comento e ele ri em concordância - E vocês, como passaram a noite? - pergunto interessada. Depois de dar banho em Louisa e tomar café da manhã em companhia da Bri, me despedi da minha filha e meus pais e vim para o hospital ver minha loirinha e também liberar meus sogros para tomarem um banho e descansar.

- Oh não se preocupe com a gente, estamos bem! - Ava fala

- E o quadro dela - mudo de assunto, me centrando em minha esposa agora - alguma novidade? - pergunto e David nega com a cabeça

- Ainda na mesma, mas tenho para mim que logo ela irá acordar - fala animado e me permiti sentir essa empolgação com ele. Fiquei mais alguns minutos conversando com eles até o médico responsável por Eliza aparecer e me informar certo sobre seu quadro. Depois de uma breve conversa com o médico me despedi de Ava e David e prontamente me encaminhei até o quarto onde minha garota estava.

- Hey - falo assim que adentro o quarto e chego perto da Eliza, deposito um beijo em sua testa e me sento na cadeira que tinha ao lado de sua cama - estou com saudades - falo avaliando cada traço do seu rosto - da sua voz... da sua risada - falo enquanto levo minha mão em seu rosto e passo a ponta dos dedos em torno dos seus olhos - do seu olhar - sorrio ao lembrar da Louisa - Lou tem seus olhos - falo sorrindo - você precisa despertar logo amor - completo e fico a encarando em silêncio.

Passei o restante do dia assim, conversava com Eliza e logo ficava quieta pedindo a Deus que minha garota despertasse logo. Minha conversa com a loira a minha frente se resumia em nossa filha e o quão perfeita ela era, às vezes fazia uma pequeno diálogo imaginando qual seria as respostas padrão da loira e acabava rindo da minha loucura.

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Havia passado quinze dias e Eliza seguia na mesma, quinze dias em que pisava nesse hospital e a angústia tomava conta de mim, o medo dela não despertar e eu ter que aprender a viver sem sua presença. Respiro fundo ao sentir um calafrio passar em minha espinha e adentro o hospital, e como um ritual que vinha fazendo nas últimas semanas cumprimentei e fui cumprimentada por alguns funcionários me encaminhei em direção ao elevador que me levaria até o andar que minha loira estava.

Ajeitei as flores que trazia e logo em seguida ajeitei minha blusa, sai do elevador e caminhei calmamente até o quarto já tão conhecido por mim. Assim que entrei dei de cara com a enfermeira próxima a cama de Eliza fazendo algumas anotações, a primeira vez que a vi ali entrei em desespero achando que algo tinha acontecido e até ela explicar que era uma verificação padrão eu já tinha imaginado mil e uma coisas, agora já habituada eu apenas pedia aos deuses para que algo bom acontecesse e Eliza saísse do coma logo.

Cumprimentei a enfermeira com um aceno e caminhei calmamente até a mesa que tinha ali onde coloquei as flores e prontamente me sentei na cadeira ao lado da cama e esperei até que a enfermeira saísse para assim poder continuar a conversa que havia iniciado no dia anterior com Eliza. Estava concentrada contando da primeira vez que Louisa sorriu para mim que nem notei que alguém tinha entrado no quarto, só percebi depois de levar um susto quando uma mão tocou meu ombro.

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