Capítulo 10 - Stay with me

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Eu corria pelas ruas. Quando o sinal estava mudando para o vermelho, eu acelerava, cortava a frente das pessoas sem me importar se eu poderia ou não pegar multas por isso.

Coma alcoólico não era brincadeira. O cara poderia morrer se eu não chegasse a tempo. Esse tipo de coma é uma intoxicação que acontece quando álcool em excesso é ingerido e o organismo não suporta a enorme quantidade de bebidas alcoólica introduzidas nele, então reage. Acontece quando o sistema nervoso central é desacelerado a um ponto crítico, que faz a pessoa perder os sentidos. A área do cérebro responsável por controlar a respiração e o coração pode parar de funcionar, ou seja, esses dois órgãos paralisam.

Resultado: Morte.

Quando alguém entra nesse tipo de coma, é necessário que receba glicose intravenosa, que vai restabelecer os níveis de glicose no cérebro.

Ao chegar ao hospital, peguei as informações necessárias, onde era a sala e quantas pessoas estavam lá, e fui rapidamente para lá. Lavei minhas mãos e o avental, máscara, assim como as duas luvas brancas foram colocadas em mim.

  - Qual o nome dele? - perguntei enquanto entrava na sala.

  - Gabriel Marques Dante. - uma enfermeira respondeu - A ficha dele está no quarto 508.

Eu parei.

  - O quê?

  - O nome dele é...

  - Doutora, rápido! - chamaram da sala - Aproximadamente 4 minutos para o coma!

Respirei fundo.

Meus pés me guiaram rapidamente para dentro da sala.

  - Pulsação! - perguntei.

  - Fraca.

Merda, está começando a paralisar.

  - Oxigênio - a máscara de oxigênio foi colocada em minhas mãos. - Vamos, vamos. - coloquei a máscara no rosto de Gabriel, mas não dava tempo de passar o elástico por trás da cabeça. - Segure aqui - falei para uma das enfermeiras. - Administração da glicose intravenosa agora!

Eu falei alto. Estava me alterando. Gabriel não podia morrer.

  - Aqui. - a seringa foi colocada em minhas mãos, que tremiam. Peguei o braço de Gabriel, mas não consegui achar a veia. 

Tentei de novo.

E de novo.

  - Doutora, se acalme.

  - Ele está morrendo! - falei. - Cheque o pulso!

  - Continua fraco.

  - Vamos... - tentei novamente achar a veia. Falhei - Torniquete. Eu preciso de um torniquete. Liguem o cronômetro!

  - 3 minutos!

  Não... não...

Amarraram a borracha amarela bem forte no braço dele e a veia saltou para fora. Graças a deus. Apliquei a glicose ainda com as mãos trêmulas, mas ele não reagiu de imediato.

  - Deixem o desfibrilador preparado. - falei e comecei a fazer massagem em seu coração - Vamos... Vamos, Gabriel. - dei uma olhada na máscara de oxigênio. Embaçada. Ele estava respirando. - Vamos... Vamos...

De repente, o monitor que mostrava seus batimentos começou a diminuir a frequência. Não estava mais sete batimentos a cada cinco segundos, e sim um batimento a cada dois segundos.

  - Não, não!

Continuei com as massagens, ele já tinha oxigênio, o que mais faltava? Nunca aconteceu de algo fugir da minha cabeça?

Os Opostos se Atraem? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora