Capítulo 18 - Tell him

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Aquele beijo significou várias coisas. Que eu estava gostando, pois não parei, que ele queria tanto quanto eu, ue talvez ele ainda sentia alguma coisa, e que minhas suspeitas de que ele ainda não tinha saído da minha cabeça estavam certas.

Não o parei quando ele me prensou contra a parede, as mãos passeando contra meu corpo, não o parei quando ele beijou meu pescoço e voltou para a minha boca em seguida. Ele tirou a camiseta e a jogou ao lado oposto a que a minha estava, eu arranhei suas costas, sabia que ele gostava.

Gabriel me beijava com velocidade. Nossas línguas travavam uma batalha, sua boca se encaixava perfeitamente na minha enquanto ele mordia meu lábio inferior e voltava a me beijar.

Nesses cinco minutos que estamos aqui significaram mais do que esses dois, três anos que estive com Renato.

Renato!!!

Me separei de Gabriel, mas ele ainda me mantinha presa na parede com a respiração ofegante, assim como eu.

  - Por que fez isso? - eu perguntei baixo.

  - Você retribuiu.

  - Você me agarrou.

  - E você não recusou.

  - Então, me deixe ir.

  - Pode ir. - ele disse.

  - Você está me segurando. - falei tentando segurando um sorriso.

  - Certo. - ele disse. Não desviou os olhos dos meus. E não me soltou.

  - Gabriel, me solta.

Ele o fez, mas chegou mais perto. Dessa vez fui eu que não consegui me mexer. Parecia que aqueles olhos azuis iam me engolir.

  - Da licença. - falei e passei por ele. Peguei minha blusa no chão e fiquei de costas para ele enquanto a colocava. Eu sabia que ele estava me encarando. Meu sutiã era de renda azul, a cor preferida dele.

Coloquei a blusa, me olhei no espelho como se ele nem estivesse lá, mas vi pelo reflexo que ele me olhava. Nossos olhares se encontraram. Ele havia acabado de colocar a blusa, e quando coloquei a mão na fechadura, ele me puxou pelo braço e me virou para ele com tudo, colando nossas bocas novamente enquanto andava para trás e se sentava na tampa do vaso. Ele me pegou pela cintura e me colocou sentada em seu colo.

Meu Deus, como senti falta disso!

Entrelacei meus dedos em seus cabelos, os puxando de leve, tentando o trazer para mais perto, ignorando completamente a lei da matéria.

Duas ou mais matérias não podem ocupar o mesmo espaço.

Quem disse que não?

Os beijos continuaram selvagens, mas a porta se abriu no exato momento em que eu estava puxando seu lábio inferior.

  - OMG! - Brunna gritou e Nathan começou a rir.

Eu e Gabriel nos separamos rapidamente e eu saí de seu colo.

  - Ah... - eu queria falar alguma coisa, mas nada saía.

  - Miga, não precisa explicar nada, eu achei que vocês dois sairiam no tapa aqui, mas parece que o Nathan ganhou a aposta.

Eu e Gabriel olhamos para eles sem entender.

  Eu entendi, que eles haviam feito uma aposta, e Nathan deve ter dito que a gente se pegaria, enquanto a Brunna deve ter apostado que brigariamos.

  - Então, os dois ganharam - eu disse e saí dali, direto para o meu carro. Dei partida em direção à minha casa.

Claro que eu não preciso falar que assim que eu fechei a porta, ela se abriu novamente e Brunna me pegou pelo braço.

  - O que foi isso, Mel?

  - O que foi isso? - me soltei dela - O que foi aquilo, Brunna?! Me trancar no banheiro com ele?!

  - Você bem que gostou!

  - Não interessa! Acabei de trair meu namorado! Acha que é fácil para eu viver  com isso?

  - Melissa, vocês tinham que conversar!

  - Não é nos trancando num banheiro que vamos conversar!

  - E você queria que eu fizesse o que? Chamasse os dois para tomar um chazinho em casa com biscoitos? Se vocês soubessem um do outro, isso nunca iria rolar, porra!

Bufei alto. Ela estava certa.

Holy crap.

  - Melissa, me diz. Você iria fazer exatamente o que fez quando saiu do banheiro! Você iria simplesmente virar as costas e ir embora porque você acha que se ficar com ele de novo, ele vai te mandar embora de novo com alguma deaculpa e você demorou muito tempo para superar, e se acontecer de novo, talvez você nunca supere! Eu entendo, ok? Mas vocês dois são adultos e precisam resolver as coisas como tal!

  - Falou a pessoa que me trancou no banheiro. - rolei os olhos.

  - Para ver se um dos dois tomava iniciativa. Caralho, vocês nunca vão conversar assim. Vocês dois, tanto você como Gabriel, querem um ao outro ainda, não adianta negar - ela abaixou o tom de voz - mas vocês dois também tem que baixar a guarda. Melissa, ele é o garoto que você mais amou durante sua vida toda! Faz dez anos que ele te assombra, é o cara que te fez feliz, que você ainda ama! Ele é o pai da sua filha.

Engoli em seco.

E de novo, ela estava certa.

  - O que você acha que devo fazer? - perguntei baixo.

  - O primeiro de tudo é contar a ele sobre Bella.

Engoli em seco.

Os Opostos se Atraem? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora