Capítulo 68 - The Twins

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  - Olá, Gabriel. - a voz de Renato estava normal. Não  havia nenhum indício  de que ele não  havia gostado de receber a ligação.

  Fiz um sinal para Gabriel que iria sair dali, para dar mais privacidade a ele, mas ele pegou  minha mão, me impedindo de ir.

  - Tudo certo?

  - Tudo sim. E aí? - Renato perguntou.

  - Tudo. É... - ele me olhou e respirou fundo - Bella saiu do hospital.

  - Cara, que notícia boa! - Renato se animou - Como ela está?

  - Já  quer receber todo mundo em casa. - Gabriel soltou uma risada - Então, eu e Melissa estamos  ligando para convidar o pessoal para vir aqui hoje. Então, se quiser vir, está  convidado.

  - Sério? Mesmo depois de...

  - Não - Gabriel disse, para a minha surpresa - Você  já  veio se desculpar, já  conversamos, lembra?

  - Então, está  tudo certo? Entre nós?

  - Claro, cara. Aparece aqui na casa da Melissa lá  pelas 20:00. Vai ser aqui.

  - Pode deixar, eu vou sim. Obrigado por chamar. Mande um abraço para Melissa, ok?

  - Está  mandado - ele me olhou e eu sorri. - Até  mais, cara.

  - Até.

  Ele desligou o telefone e me puxou  para perto.

  - Você foi bem. - falei. - Estou orgulhosa.

Ele riu.

  - Parece que tenho 10 anos de novo. - ele disse.

  - Sua mentalidade de lá  pra cá  não  mudou muito, não.

  - E a sua mudou?

  - Mudou, sim. - cruzei os braços.

Ele não  disse nada. Estávamos  em silêncio. Mas, não  um silêncio  desconfortável. Um silêncio aconchegante.

Olhei para minha aliança  de noivado, e minha ficha de que eu e Gabriel morávamos  em casas diferentes caiu.

Nós  vamos nos casar. Como vamos continuar com duas casas?

De repente, uma ideia me atingiu.

  - Quer vir morar comigo? - perguntei, assim, de repente.

Ele me olhou, como se não  tivesse entendido a pergunta. Eu não  disse nada. Será  que era muito cedo?

Não, Melissa. Claro que não  era cedo, sua maluca. Já  estamos praticamente casados.

  - Tá  falando sério?

  - Não, eu to brincando. Idiota.

  Ele riu, percebi que ele fazia isso com muito mais frequência agora.

  - Ah, sim. Que pena.  Se fosse verdade, eu aceitaria. - ele falou.

Eu rolei os olhos.

  - É  de verdade.

  Ele me olhou bem nos olhos. Acho que, mesmo com a brincadeira, ele não  esperava pelo convite tão cedo.

  - Eu quero. - ele disse e me abraçou.  - Mas, que tal irmos morar na minha casa?

  - Por quê? - perguntei.

  - Porque lá foi o lugar que marcou nossas vidas, não foi? Quando você ia dormir lá, quando te desenhei, e várias outras coisas que aconteceram conosco, foi lá. Não queria simplesmente deixá-la trancada de novo por mais um tempo. Queria que ela fosse utilizada. - ele  deu de ombros - E tem pessoas melhores para usá-la do que nós?

Os Opostos se Atraem? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora