Capítulo 55 - A bad day not that bad

1.5K 148 69
                                    

Acordei na segunda-feira dez minutos mais tarde, deixei Bella na escola rapidamente e peguei o caminho para o hospital, já com medo de chegar atrasada e tentando caçar na mente a memória de eu ter colocado o despertador para tocar. Mas não achei nada. Quando eu estava já no estacionamento, meu celular tocou.

- Alô?

- Melissa Simoniano Monteiro?

- Eu mesma.

- É do consultório da doutora Ingrid. Você marcou um exame de sangue de rotina para hoje. Queria confirmar se a senhorita vem.

Merda! Eu me esqueci completamente desse exame.

- Só um minuto. - eu disse, parei o carro e peguei minha agenda que estava na minha bolsa. Abri no dia 29 de maio e vi que havia anotado três ítens em tópicos.

1) Exame de sangue às 8:00
2) Comprar os remédios para Bella.
3) Cirurgia às 15:00

- Não, eu não esqueci - falei e f cheio os olhos.

Sim, eu havia me esquecido. Como sempre.

- Oh, que ótimo. Vou avisar ela que a senhorita vem, tudo bem?

- Sim, sim, estou chegando.

"Só falta atravessar metade da cidade" - acrescentei mentalmente.

- Tudo bem, estamos aguardando a senhorita.

- Até mais.

Desliguei e joguei o celular no banco do passageiro um pouco antes de ler um "Bom dia, linda" de uma pessoa chamada Gabriel.

Sorri boba e fiz uma nota mental para responder mais tarde.

Depois de uns 20 minutos, eu já estava na esquina do consultório quando ouvi um barulho de borracha furando.

- Ah, não. Não, não, não, não, não, não!

Só deu para parar o carro na vaga, ainda meio torto, para eu perceber o que havia acontecido.

Desci do carro e olhei o pneu traseiro esquerdo.

Furado.

Que ótimo, era exatamente isso que eu precisava. Já estava atrasada meia hora para o trabalho, dez minutos para o exame e agora vou ter que atravessar a cidade com o pneu furado. Que ótimo!

Respirei fundo e tentei me acalmar. Tudo bem, o que eu faço? Eu não iria ligar para Gabriel, ele tinha que terminar um trabalho da faculdade e ia ter prova amanhã. Não posso atrapalhar.

Brunna não sabe trocar um pneu, e eu muito menos!

Olhei para os lados para ver se vinha alguém. Atrás de mim estava o consultório. Coloquei as mãos na cintura para pensar.

Será que tem como meu dia piorar?

Sorri involuntariamente quando vi um carro virando a esquina e pensei que fosse alguém que pudesse me ajudar. Me preparei em 2 segundos para falar com a pessoa desconhecida, mas, conforme o carro se aproximava, eu percebi que não era desconhecida.

Ah, não. Não, não, não, não...

Sim, tem como meu dia piorar.

Era o carro de Renato.

Ele parou devagar no meio da rua e abaixou o vidro, me encarando.

- Olá, Melissa.

- Oi.

- Você precisa de ajuda?

"Sim, mas não da sua"

- Você está oferecendo?

Os Opostos se Atraem? - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora