XXV

17.2K 1.3K 76
                                    


Finalmente sábado! O grande dia da minha apresentação. 

Acordei às 8:30 e acordei minhas colegas de quarto também. Tomei um banho, passei uma maquiagem de palco e coloquei tudo que julguei necessário dentro de uma mochila, incluindo roupa e sapatilha. 

Comi rapidamente no restaurante junto com os meus amigos e fomos encontrar com a minha mãe na garagem da escola. 

-Bom dia mãe. -Ela me olhou e sorriu.

-Bom dia gente. -Ela falou para todos. -Vamos entrando na van? Temos que estar lá antes das onze. -Entramos na van e fomos o caminho todo cantando alegremente, até a minha mãe entrou no embalo. 

Assim que chegamos, meus amigos e minha mãe me desejaram uma boa apresentação e foram sentar na platéia, enquanto eu, fui para um pequeno camarim. 

Normalmente, os camarins são grande e cabem várias pessoas, pois a maioria dos competidores vêm junto das companhias de dança e normalmente são os que ganham. Os dançarinos independentes quase nunca se destacam. Afastei esses pensamentos e me concentrei em me alongar. 

Um tempo depois, uma mulher bateu no meu camarim falando que estava na hora de eu ir para o palco. Respirei fundo e fui para a coxia. Esperei minha música começar a tocar e entrei no palco com expressão e pronta para dar o meu melhor. 

Enquanto a música fluia, eu fazia os meus passos e me sentia livre e feliz. Nada podia estragar a minha felicidade, eu estava no meu lugar, na minha bolha e no meu mundo. A cada segundo um passo diferente, a cada oito segundos, uma sequência diferente. Queria sorrir, mas a dança era lírica e requeria uma uma expressão mais centrada e séria. 

Mais perto do final, no movimento mais básico do mundo, me distraí e caí com tudo no chão. Pude escutar meu pé  direito fazer um barulho horrivelmente alto, mas na hora, com o calor do momento, tudo que fiz foi levantar e continuar a minha coreografia, mesmo com dor no pé. 

Ao final da dança, uma lágrima escorreu pelos meus olhos de dor, mas caiu super bem como uma encenação para a dança. 

Meus amigos bateram palmas, com rostos preocupados comigo e saí do palco. 



O Idiota da minha escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora