LXXXIV

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Quando faltava poucos minutos para às 17 horas. Eu, minha mãe, meus amigos e o Samuel fomos para a entrada da escola. O táxi já estava para chegar e usamos o tempo que restava para nos despedir.

O Caio me abraçou.

-Divirta-se muito e compre um livro para mim.

-Pode deixar. -Respondi rindo.

-Não faça nada que eu não faria. -Ele sussurrou.

-E o que você não faria? -Sussurrei de volta.

-Nada. -Desfizemos o abraço e ele piscou para mim.

-Ótimo conselho. -Pisquei de volta.

O Edu me abraçou.

-Curta bastante, mas da próxima vez que você quiser ver gente dançando na ponta do pé, me paga que eu danço para você. -Nós rimos.

A Lara e a Ana também me abraçaram e desejaram uma boa viagem.

Depois foi a vez da Clara.

-Você está pensando em fazer aquilo? -Ela sussurrou para mim.

-O fogo que surgem entre nossos beijos me faz querer isso a cada dia mais. -Sussurrei de volta.

-Se é o que você quer, esquece o medo da dor e vai, mas se por acaso outra coisa em você tiver dizendo para não ir, não vai. Você não precisa fazer isso para provar nada para ninguém... Sei que o Samuel jamais faria algo contra sua vontade. E mais uma coisa, se você quiser algo mais, vai ser você que vai ter que tomar o primeiro passo, pois está para nascer uma pessoa que se preocupe mais com você do que o Samuel. -Ela sussurrou. -No mais, divirta-se e repare nos erros

-Sempre! -Ri -Obrigada. Por tudo.

Eu e a Clara nos soltamos e o Guto me abraçou.

-Divirta-se, pequena. Curte muito Moscou e o seu namorado. Só que se eu souber que ele fez alguma coisa contra sua vontade, eu esqueço que ele é meu amigo e mato aquele garoto.

-Você só vai saber se eu te contar. -Provoquei.

-E você vai.

-Com certeza! -Falei rindo. -Te amo.

-Também te amo. -Nos soltamos e a minha mãe me abraçou.

-Ai minha filha, cuidado lá e se diverte. Ignora o fato de ligação internacional ser uma fortuna e me liga toda hora. Qualquer problema que der é só me ligar que eu compro uma passagem e vou direto até você... Eu te amo.

-Pode deixar, mãe. Já estou ligada em todas as suas recomendações. -Desfizemos o abraço.

Assim que ela terminou de se despedir do Samuel o nosso táxi chegou. O motorista guardou nossas malas.

-Tchau gente, amo vocês. Mandem um beijo para Kelly. -Falei.

-Tchau, obrigada pela ajuda de todos e, sogrinha, obrigada pela confiança. -Ele sorriu para minha mãe e ela retribuiu. Gostava de saber que meu namorado e minha mãe tinham uma boa relação.

Entramos no táxi e o Samuel falou para o motorista deixar a gente no aeroporto internacional.

Encostei a cabeça no ombro do Samuel e ele me abraçou.

-Se quiser ainda dá tempo de desistir. -Ele disse.

-Nunca. -Respondi olhando para ele. Iniciamos um beijo lento e fomos interrompidos pelo celular dele.

-Preciso atender. É do hotel. -Ele atendeu e começou a falar em inglês na linha. - Hi... Yes... Just a moment. (um momento)... -Ele tirou o celular do ouvido e olhou para mim. -Esqueci de te perguntar antes. Você quer ficar em um quarto separado ou em um só com duas camas? -Ele parecia envergonhado por ter que me fazer aquela pergunta. Será que não passou pela cabeça dele que eu queria ficar em um quarto com uma cama só?

O Idiota da minha escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora