O capítulo a seguir contém uma cena sobre abuso sexual que pode ser considerada gatilho...
Saí do refeitório direto para a biblioteca, pelo meu querido caminho de sempre. Só que dessa vez não estava deserto. Tinha três meninos do terceiro ano parados no corredor, conversando. Não liguei, afinal, eles eram alunos também. Quando estava me aproximando deles, a fim de chegar do outro lado do corredor e entrada da biblioteca, pudia ouvir que eles falam de mim.-Olha se não é a filha da diretora. -Um deles falou e eu ignorei.
-Será que a gente tem algum privilégio por namorar a filha da diretora? -Outro perguntou para os amigos. Eu, a todo momento evitei olhá-los. Assim que passei por eles, um segurou a minha mão e o medo invadiu meu corpo.
-Me solta. -Falei e o menino apertou mais o meu braço.
-Alice, né? Responde ai, a gente tem algum privilégio se namorar você? -Um que não me segurava falou.
-Não. Agora pode me soltar. -Falei, tentando não deixar transparecer meu medo.
-Não tão rápido bonequinha. Meu amigo é muito apressado, já está pensando em namoro. Eu só quero te dar uns beijinhos. -O que me segurava falou e se aproximou de mim. Meu coração acelerou e eu estava morrendo de medo.
Ele se aproximou mais de mim e passou sua língua em meus lábios de uma forma nada gentil. Cerrei a boca e me mexi tentando fazer ele me soltar, mas ele era muito forte.
-Ah, não se faça de difícil, bonequinha. -Ele seguro meu rosto com a outra mão, fazendo-me abrir a boca contra minha vontade. Ele grudou sua boca na minha e enfiou a língua na minha boca. Fiz a única coisa que podia fazer naquela situação. Mordi sua língua com toda força que tinha e ele se afastou de mim. Aproveitei esse momento para gritar...
-Socorro! Socorro! -Ninguém me ouvia. A porta da biblioteca sempre ficava fechada para não atrapalhar os alunos lá dentro e como o corredor era deserto, ninguém passava por ali. A não ser que acontecesse um milagre, eu teria que me salvar sozinha.
-A vadiazinha me mordeu. -Ele colocou a mão na boca para ver se estava sangrando. Infelizmente, não estava. -Segura ela. -Ele disse para um dos amigos que rapidamente obedeceu. Um menino segurou os meus dois braços para trás, com mais força que o primeiro. -Agora ela vai ver o que é bom. -Ele abriu a calça dele.
-Ou cara, vamos ser expulsos por isso. -Eles conversavam enquanto eu ainda gritava por socorro, me remexendo e chorando muito.
-Você não percebeu que vamos ser expulsos de qualquer jeito? -O menino que me segurou primeiro respondeu, abrindo o meu short e o puxando para baixo junto com a minha calcinha. Eu mexia minhas pernas tentando afastá-lo, mas nada parecia ser forte o suficiente.
-Por que estão fazendo isso? -Juntei forças para perguntar.
-Dinheiro. -O menino abaixou a calça dele e eu entrei em desespero. Senti meu corpo perder as forças e uma enxurrada de memórias vieram a tona.
-Socorro!! Alguém me ajuda! -Foram as últimas palavras que consegui gritar antes de perder totalmente as forças.
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O Idiota da minha escola
RomanceAlice Walker é uma menina calma, estudiosa e que ama dançar, inclusive já ganhou vários prêmios e troféus em competições de dança de diferentes estilos. Ela estuda no colégio interno de sua mãe,Carla, que apesar de ser diretora é amada pela maioria...