Capítulo 13 - Comam frango meus queridos!

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Olhamos uns para os outros sem saber o que fazer.
Eles se arrastaram e a caixa de som ligou novamente:
- John, sente-se com Júlia, ja que foram amantes por tanto tempo.
Lucas, sente-se com Laura, ja que viviam grudados.
Meu Deus, os quadrados ja eram minúsculos.
Senti uma enorme pena das meninas quando as vi se encolhendo para os meninos se sentarem junto.
Eles tiveram que se abraçar.
Laura chorava de soluçar, e sussurava o quanto estava com medo.
Júlia dizia que não ia aguentar.
Minha mãe sempre de cabeça baixa.
David espantado.
Meu pai me olhava atentamente.
Anna gemia de dor.
E eu... Ah, não sei o que sinto nesse momento.
Só queria sair correndo deste lugar. Mas, estamos em um quadrado, dentro de outro quadrado...

Toda hora Christopher nos falava a quanto tempo estávamos ali.
Ja tinha se passado 2 horas.
Eu comecei a sentir dor na coluna por estar na mesma posição.
David ja parecia esgotado.
Júlia dormia no ombro de seu companheiro. Não sei como conseguia.
Minha mãe chorava de dor na coluna, ja que tinha um problema horrível.
Meu coração se partia com aquilo.
Meu pai, Laura, Anna e os meninos continuavam da mesma forma.
Ninguém tinha abrido a boca desde que chegaram aqui, até que Laura quebrou o silêncio:
- Por favor, vamos conversar. As horas estão se passando devagar demais. Precisamos nos distrair.
Ela tinha razão, mas os outros estavam espantados demais para dizer algo, então eu disse:
- Como é que ele te trouxe para cá?
Ela abaixou a cabeça e começou a falar:
- Eu estava em casa com meus pais. Até que ele chegou gritando e rindo maleficamente. Ele matou meus pais em minha frente. - segurou o choro - E depois me agarrou e colocou um pano em minha boca. Depois disso, só me lembro de estar aqui e me encontrar com Júlia.
Júlia despertou assustada ao ouvir seu nome, então se dirigiu a ela perguntando o que houve.
Então explicamos que estávamos conversando sobre como ela veio parar aqui.
"Eu estou aqui a muito tempo." - disse Anna, mãe de David.
O mesmo a olhou assustado, então ela parecendo ler os pensamentos dele, disse:
- Sim meu filho. Christopher fingiu minha morte. Ele me trouxe para cá enquanto ainda estava sendo construído. Ele me batia e chegou a me violar diversas vezes. Só parou quando vocês chegaram a casa. Acho que porque ele não queria que soubessem.
No quarto dele, há um tipo de porta secreta que nos leva a um quarto.
Eu ficava lá.
Nunca pensei em gritar, pois ele me mataria.
Ele sempre ia lá, me dava o que comer, beber e me beijava a força.
David cerrou o punho e ameaçou sair do quadrado,  quando eu gritei:
- DAVID, POR MIM, NÃO!
Ele me olhou com o olhar cheio de fúria, mas continuou parado, começou a chorar e murmurava que não acreditava...
"Oh David, como queria te abraçar agora" - sussurrei e o mesmo me olhou com um olhar que nunca havia visto antes.
Parecia perdido.
Então Christopher ligou a caixa e disse:
- Seu pedido é uma ordem minha querida boneca. David, vá para o quadrado de Camilla.
O mesmo parou de chorar e veio assustado até mim. Me encolhi e ele sentou.
Eu o abracei.
Não me importava de dividir aquele minúsculo quadrado com ele.
Estava tudo bem, até que Christopher disse:
- Comam frango meus queridos!
Rapidamente todos saímos. A maioria quase não aguentava se abaixar por toda dor na coluna.
Então entendi o motivo de termos que nos arrastar.
É porque simplesmente depois de algumas horas na mesma posição não aguentaríamos fazer isso....
♥♥
O que acharam? Mereço uma estrelinha?
Ja postei três capítulos e ainda tem muuuuuitos pra ainda hoje.
Fiquem ligadinhos. Nossa maratona só está começando.
Até daqui a pouco!

De repente, boneca. - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora