Capítulo 38 - A iniciativa

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Christopher me puxou novamente para nossa posição inicial da dança e continuamos a dançar.
Nossos corpos suados se encostavam, e a nossa respiração estava acelerada.
Eu sentia os batimentos cardíacos dele e tenho certeza que ele sentia os meus. Estávamos ainda mais colados até que o som travou fazendo a música parar.
Nos olhamos e começamos a rir da situação.
Quando vi o sorriso daquele homem, eu não me segurei mais.
Coloquei minha mão em seu pescoço e disse:
- Quem disse que precisamos de música?
Cheguei mais perto e nossos lábios estavam poucos centímetros longe um do outro, até que eu o beijei.
Foi um beijo intenso e demorado.
Em minha vida toda não havia beijado muitos garotos, mas ja podia definir aquele beijo como o melhor do mundo.
A sua mão acariciava o meu corpo me fazendo arrepiar e eu o arranhava com minhas unhas até que percebi o que eu estava fazendo e parei o beijo.
Eu havia o beijado. Meu Deus. É claro que isso me torna uma louca.
Se ele não tomou a iniciativa é porque não queria. Então disse:
- Me desculpa. Nem sei porque fiz isso. Me perdoa Christopher!
O mesmo mordeu os lábios, me olhou e sussurrou um "tudo bem".
Decidimos ir embora e de uma das mesas Christopher pegou uma rosa para mim dizendo:
- Uma flor para a minha flor.
Apenas sorri e agradeci.
Fomos para o carro em silêncio. Ele abriu a porta para mim e assim que entrou, posicionou a chave pronto a dar a partida, até que recuou e disse:
- Eu não posso mais disfarçar. Quando eu disse que estava apaixonado por você eu não menti, Camilla. E hoje com o beijo eu só tive mais certeza de que todo o meu trabalho pra me vingar de você só serviram pra me fazer amar você.
Eu ia falar, não sabia o que, mas ia. Até que fui surpreendida.
Christopher me beijou me arrancando o fôlego novamente.
Agora era um beijo mais rápido, e me subia um calor pelo corpo.
Nossas carícias eram mais maliciosas. Ele mordia minha boca e descia para o meu pescoço me fazendo arrepiar, sussurava no meu ouvido e beijava meu braço sempre voltando a minha boca depois.
Ficamos horas nos beijando e só não evoluímos porque Christopher entendia o meu olhar de "limite".

De repente, boneca. - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora