Capítulo 25 - O caminho e o bilhete

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"Está pronto!"
Júlia e eu olhamos e é David. Ele acabou de preparar o esquilo e Laura ja pega sua parte e da uma mordida.
Sua cara está tão satisfeita que eu poderia comer se não soubesse que é um esquilo.
Júlia corre para apanhar o seu pedaço.
Estou prestes a seguir o caminho que encontrei, mas sou interrompida por David que segura meu braço.
O olho e ele tem uma maçã nas mãos.
"Peguei pra você."
Pego de sua mão e agradeço.
O mesmo me olha sério por ser tão fria.
Talvez eu esteja pegando pesado demais com ele.
Não há motivos para agir assim.
"Podemos conversar?" - ele diz.
Digo que sim e ele me leva pra beira do riacho, nos sentamos e então ele começa a falar:
- Olha Camilla. Você sabe que eu gosto de você. E me dói te ver assim. O que te fiz? Desde que beijei Júlia você parece me olhar de outra forma...
"E sua mãe, David?" - o interrompo.
O mesmo olha pra baixo e responde:
- Achei que não perceberiam. Eu não sei - joga uma pedra no riacho - Quando te trazia no colo para cá ouvi um gemido de uma mulher. Parecia ela. Mas você estava perdida. Você precisava de mim - me olha - Então não parei pra ver quem era.
"Será que ela está morta David?"
"Eu não sei." - ele diz e vejo seu olhar perdido.
"Temos que procura-la David."
"Não."
Fico surpresa com a resposta e antes que eu pergunte o porque, ele diz:
- Ela não me procuraria...
                        ♥
Passamos o dia normal. Quando todos terminaram de comer, demos um mergulho no riacho e estávamos até agora.
Os três brincavam de jogar água um no outro, mas eu não conseguia pensar em nada a não ser Anna e aquele caminho.
O que será que tem lá?
Onde será que ele leva?
Só vou descobrir se trilhar por lá e estou decidida a fazer, mas sou interrompida por um grito.
Júlia.
"Alguém agarrou o meu pé!"
"Não foi eu." - Laura e David falam juntos.
Todos olham pra mim.
"Nem olhem pra mim. Olha a distância que estou de vocês!"
Júlia sai apressada da água e logo David e Laura também.
Decido procurar por algo no riacho. Mas não acho nada.
Deve ter sido impressão dela.
Saio da água e sento ao lado de Júlia que está assustada.
David está do lado dela e seu braço está sobre seu ombro.
Não sei porque aquilo me incomoda tanto se estou fria com ele.
Talvez ele faça pra provocar, então decido não demonstrar.
Me levanto e coloco minhas roupas ja que as tirei para entrar no riacho.
Quando coloco, decido seguir o caminho.
Me afasto de todos aos poucos e ninguém percebe.
O caminho é de terra e bem pequeno. As árvores dificultam a passagem, mas prossigo.
Chego em uma árvore enorme e nela tem um bilhete colado.
Corro até a mesma e pego o bilhete.
Diz:
Não foi eu.
PS: Christopher.

De repente, boneca. - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora