Capítulo 16 - Cartas

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"Primeira morte do jogo. Espero que não tenham se assutado, pois pode ser que hajam mais e mais mortes. O corpo do Lucas fará parte da brincadeira agora. Olhem as cartas que estão na escada e cada jogador retire a que teu seu nome, sem olhar voltem e aguardem as instruções."
Todos ouvíamos aquilos perplexos. Não havia passado nem uma hora que Lucas morrera em nossa frente e outro jogo ja estava sendo anunciado.
E como assim outras mortes?
Christopher sem dúvidas tem uma pedra no lugar do coração.
Todos se dirijiram a escada e pegaram as cartas. Ninguém ousou olhar, pois o medo ja tomara conta de todos nós.
Assim que todos voltamos aos nossos lugares, recebemos as instruções:
- Antes de qualquer coisa preciso avisar que quem se recusar a cumprir as cartas, morrerá.
Agora a ordem dos jogadores é essa: Anna, Camilla, David, Júlia, Sônia, Laura e por último o Jorge.
Todo o material que precisarem para cumprir tudo, ja está na escada.
Olhem as cartas e se divirtam!
Anna foi a primeira. Leu a carta para ela mesma e a soltou no chão assustada.
David pegou e leu:
Beije o Lucas. Do MESMO JEITO que fez comigo quando criança.
Todos olhamos para ela que ja se dirigia ao Lucas.
Deus que me perdoe, mas isso pra ela é um presente. Ela gosta. Devia morrer pelo que fez!
Ela fechou os olhos e claramente demonstrou nojo. Começou a tentar beijar Lucas, passando a mão por todo seu corpo, até chegar em sua intimidade. Ela acariciava e apertava com força.
Como ela pôde fazer aquilo com uma criança.
"Que vagabunda. Não se faz isso a uma criança!" - exclamou Laura.
Ela parou e saiu de cabeça baixa.
Chegou minha vez. Peguei a carta e li em voz alta:
Pra você uma carta especial minha boneca.
Queime o rosto do seu pai com ferro.
A última frase saiu tremida por mim.
"Eu não posso fazer isso" - murmurei chorando.
"Faça filha." - disse meu pai enquanto ele mesmo se dirigia a escada.
Eu chorava muito. Não queria fazer aquilo com meu pai.
Ele ligou o ferro na tomada e me entregou.
"Não pai!" - disse soluçando.
"Camilla, eu aguento minha filha. Apenas faça."
Peguei o ferro com as mãos trêmulas e meu pai sorriu pra mim e virou o rosto.
Sem olhar, encostei o ferro em seu rosto.
Ele gemeu de dor.
Não consegui deixar por muito tempo. Deixei o ferro cair em meu pé e teria deixado lá como um castigo se minha mãe não tivesse tirado.
Abracei meu pai que ainda gemia de dor e pedi desculpa.
Ficamos abraçados enquanto David ia.
Querido irmão, não pude deixar de perceber o seu romance com Camilla. Perdoe-me destruir.
Beije a Júlia intensamente.
"QUE?" - exclamaram juntos.
David olhou pra mim com um olhar decepcionado e Júlia ainda não acreditara.
"David... Faça..." - disse.
Ele se dirigiu a mesma e a beijou. Foi um beijo intenso.
Meu coração se partiu em mil pedaços, não posso negar.
Quando o beijo parou, Júlia o olhou com um olhar encantado. E aquilo me deu raiva. Se estivéssemos em outra situação, eu cortava-lhe a língua e arrancava-lhe os olhos.
David correu a mim e me abraçou. Tentou me dar um beijo, mas eu não estava preparada. Acabei de ver ele beijando outra. Então peguei em sua mão, mas virei o rosto.
O mesmo ficou ao meu lado de cabeça baixa.
Vez da Júlia:
Querida Júlia, eu te amava e você me traiu com John.
Corte a intimidade dele. A mesma que você passou a boca!
Júlia deixou a carta cair e correu para a escada ja chorando e voltou com uma daquelas tesouras gigantes de jardinagem.
John não acreditou. Estava paralisado. "Christopher, Júlia, por favor não!" - só isso que conseguiu dizer.
Júlia abaixou o seu short sem dizer qualquer palavra.
Tampei meus olhos. Não queria ver aquilo.
Escutei Júlia pedir desculpa, chorando demais e depois, um horrível barulho e gritos. Muitos gritos de John.
Olhei e ela realmente tinha cortado. E john caira desmaiado.
Júlia era consolada por Laura, enquanto minha mãe lia:
Castigue sua filha por ter me desprezado. Tire a sua blusa e lance o cinto em suas costas 5 vezes. Com força!
Minha mãe me olhou com os olhos cheio d'agua. Ela nunca me bateu.
Mas eu assenti com a cabeça.
A mesma pegou o cinto.
Nele estavam alguns pregos ou sei lá o que era aquilo. Aquilo realmente ia doer.
Minha mãe me tirou a blusa e a primeira.
Gritei.
Então a segunda e a terceira junto e ela ja chorando.
Gritei mais uma vez e cai ao chão.
Quarta.
Chorei.
Quinta.
Gemia de dor no chão.
Os pregos haviam agarrado em minha pele e quando achei que tinha acabado, minha mãe teve que arrancar um por um. Foi a pior dor que ja senti em toda minha vida.
Era a vez de Laura, então ela leu:
Laura minha querida, o que acha do seu querido amigo morto? Esta enforcado em sua frente.
Arranque a cabeça dele com o facão.
"Christopher, isso é cruel. Ele ja está morto. Não me faça fazer isso por favor" - disse chorando.
Nada de resposta.
Então Laura pegou o facão, o deixou cair por diversas vezes por estar tremendo muito, mas fez. A corda em seu pescoço ajudou, mas mesmo assim, com muita dificuldade, só depois de muito tempo, ela conseguiu cumprir.
A cabeça de Lucas agora estava no chão.
Laura foi para um canto e chorava muito.
Enquanto o meu pai prosseguiu:
Querido Jorge, você também não foi um bom pai, não ensinou sua filha como deveria. Então terá que mata-la agora.
"Não! Vem aqui e me mate seu desgraçado. Mas eu não vou matar a minha filha!" - meu pai disse olhando pra câmera.
Eu estava assustada demais, mas meu pai não podia morrer por minha causa.
"Não pai. Me mate. Por favor. Não discuta!"
Meu pai subiu a escada e disse:
- Christopher estou indo. Me mate, mas na minha filha eu não encosto - virou para mim e minha mãe que ja choravamos - Eu amo vocês!
Eu gritei por ele e tentei o parar, mas David e minha mãe me seguraram.
Minutos depois, meu pai rola da escada. Ja morto.
Cai de joelho no chão junto com minha mãe. A abracei e choramos como nunca.
O meu pai.
O meu querido pai estava morto...
♥♥
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De repente, boneca. - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora