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Yang Min:

Puxo minha única mala pela área de desembarque. Uma mala preta, simples e sem graça. Não tive tempo de comprar nova.

Esforço a visão procurando por um menino baixinho, magricelo e cabelos enrolados. Mas ao invés disso, encontro um homem alto, cabelos grandes e bagunçados, e uma placa escrito "Daniela".

Ele abre um lindo sorriso ao me ver.

Ele abre um lindo sorriso ao me ver

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Ando rapidamente até ele. Mas paro uns metros antes, o encarando.

_ O que? Não vai me abraçar? - Ele estende os braços. - Qual é! Tem anos que não nos vemos, e não vai rolar nem um abraço?

Solto a alça da mala e o enrolo em um abraço de urso.

_ Você está tão alto! - Sussurro segurando as lágrimas, ao sentir seu cheiro nas roupas surradas.

_ E você está muito baixinha. - Ele ri. - Está com fome?

Concordo me afastando. Meu irmão está realmente bonito. Se eu o visse passar na rua, provavelmente não reconheceria.

_ Eu adoraria te levar em uma dessas lanchonetes, mas nossa mãe já preparou o rango em casa. - Ele diz enquanto caminhamos até o carro, e gentilmente levando minha mala.

Fomos em silêncio no caminho todo em seu Fiat uno.

Mas não um silêncio constrangedor, em que ninguém tem assunto. Na verdade tenho várias coisas que quero saber sobre ele, e tenho certeza que ele também.

Mas um silêncio do tipo, "vou deixar minha querida irmã aproveitar o silêncio do carro, observando a paisagem".

Enfim chegamos em casa. Na mesma casinha pequena e desbotada. Com um portãozinho marrom, de entrada para um jardim que sempre estava impecável.

Mas que agora, as flores estão mortas e sem cores. Provavelmente porque minha mãe é a única que se importa com esse jardim, e como está doente... Nem deve vê-lo.

_ Do jeitinho que me lembro. - Suspiro fundo encarando a casa. - Menos o jardim.

_ Ficou assim depois que mãe ficou doente. Já joguei água, já joguei de tudo. Mas nada resolve. - Ele abre o portãozinho marrom. - Vamos.

Entro na casa sentindo o cheiro de comida. Saudade desse cheiro...

Ele coloca minha mala em algum canto e me conduz para a cozinha. Apesar de essa ser minha casa, não consigo me sentir em casa.

Talvez seja porque já faz muito tempo.

_ Dani! - Sua voz doce ecoa pela casa assim que me vê.

Uma senhora, baixinha e gordinha. Com os olhos cansados e roxos de olheiras. Sorri de orelha a orelha ao me ver.

Ela corre desajeitada em minha direção mas para assim que chega por perto.

_ Posso? - Ela estende os braços.

My Rapper ▶ NamjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora