capitulo 7| Ceci & Diego

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CAPÍTULO 7| ATÉ AGORA NÃO SOMOS DE NINGUÉM.

..Cecília..

– o que está fazendo ai?

Vou em direção a janela onde Vitória está, nosso quarto fica no segundo andar e de frente ao jardim dos fundos, mas eu aposto que não tem nenhuma planta tão fascinante para deixar uma pessoa fixada a janela por horas.

Quando eu olho pela janela sinto um arrepio percorrer todo meu corpo, eu mordo meus lábios instantaneamente.

Diego esta no jardim, até aí tudo bem, nada demais. Mas ele não esta apenas parado ou olhando as plantas, ele esta arrumando a sua moto.. Sem camisa.

Já é a segunda vez que eu o vejo sem camisa está semana mas hoje é diferente, o sol bate em sua pele bronzeada e eu vejo o suor em suas costas. " quem fica sexy suando?"

Um barulho estranho e esganiçado sai por entre meus lábios e minha amiga ri.

– está tarando o meu irmão, Cecília?

– eu não.. — sinto minhas bochechas esquentaram e Vitória ri ainda mais alto, a essa altura já não tenho como disfarçar. – o que eu posso fazer?  o cara é muito gostoso!

– eca.. — ela faz careta. – é melhor eu ir, não posso chegar atrasada e dar esse gostinho ao Rafael.

– vai lá e curta seu dia ao lado do streper. — ela me fuzila com o olhar mas não se contém e ri.

Quando ela saiu eu me peguei secando Diego outra vez, só que desta vez eu tive o azar de ser flagrada pelo o mesmo. Ele olhou para cima e seus olhos se fixaram nos meus, ele sorriu malicioso  e zombarteiro. Eu por minha vez estava envergonhada demais para fazer alguma coisa então só me afastei e fechei as cortinas.

Eu estava morrendo de fome então desci as escadas e fui até a cozinha, Vitória já havia saido, a mãe dela estava trabalhando e o Christopher estava no ensaio da banda. Aparentemente eu estava sozinha na casa, com exceção de.. Diego.

Eu não o vejo desde o ocorrido com a bebiba, ele desapareceu por quatro dias, eu não sei para onde foi, quando perguntei, Vitória apenas disse que ele estava bem. Mas eu senti um pingo de omissão em suas palavras, eu ainda não sei qual é a desse garoto.

– estava gostando? 

Eu não precisei virar para trás pois reconheci aquela voz rouca quase que instantaneamente, é Diego, também não precisei perguntar sobre o que ele estava falando, eu sabia, ele se refere a eu estar secando ele descaradamente pela janela.

– você é um imbecil. — resmungo ainda de frente a geladeira, estava procurando o leite e não pude deixar de resmungar: – acabou o leite.

Assim que as palavras saem da minha boca eu sinto um calor, mas não emanava do meu corpo,  é o tipo de calor que você só sente quando esta próximo de alguém, e quando eu virei pra trás eu nunca me senti tão irritada em estar certa, Diego estava a centímetros de mim, seus olhos fixos nos meus, os meus fixos no dele, dei um passo para trás mas ele se aproximou, suas mãos encostaram em minha cintura e seu olhar foi parar em meus lábios, eu poderia mentir mas admito, eu senti uma pequena faísca de ansiedade quando cogitei a possibilidade de um beijo. Suas mãos me puxam para mais perto, eu fecho os meus olhos esperando o seus lábios fundirem-se aos meus mas isso não acontece, ele se curva diante de mim e ainda com o corpo grudado ao meu pega algo atrás de mim, quando nos separamos ele sorri e estende a caixa de leite para que eu a pegue.

– deveria procurar direito. — ele pisca. – só porque não vê uma coisa, não quer dizer que ela não esteja lá. 

Diego...

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