Capitulo 27| ceci & Diego

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CAPITULO 27| FOI NO NOSSO CAOS QUE NOS ENCONTRAMOS.

– podemos conversar? — pergunto.

Eu não sei o que me fez levantar da maldita cadeira. Eu poderia ter ficado quieto. Não sei que merda está acontecendo comigo, eu só sinto que não consigo passar mais um dia sem falar com ela. Foram três dias tendo que fugir, e não porque eu queria. Cecília simplesmente vem me matando nesses últimos dias. Ela me mata com o seu silêncio, com a sua ausência. E eu não quero parecer um bobo apaixonado mas sinto falta dela, o seu jeito é completamente diferente de qualquer outra garota que eu tenha conhecido e é isso que a torna especial. E ela se tornou tão estupidamente especial para mim que mesmo eu tentando não consigo tirá-lá da cabeça.

Eu queria esperar até amanhã pra conversar com Cecília, mas adivinhe? Não consigo. Essa garota tinha que estar irresistívelmente linda logo hoje?.. Chega a ser irritante! 

Eu nem sei o que a torna tão linda, talvez o fato dela estar simplesmente sendo ela mesma. Os cabelos parecem ter crescido desde que chegou na cidade de modo que caiam sobre seus ombros sutilmente. Ela sorri mais do que nunca e eu sei que é estúpido mas algo dentro de mim me corrói ao vê-la tão feliz quando tudo que sinto é uma infinita angústia. E quando ela se virou pra mim, acho que esse sentimento se multiplicou por dez. Seus olhos tão perto dos meus é uma verdadeira sentença de morte, a minha morte. Ela não parece feliz em me ver, e isso só me deixa pior.

– Não acho que agora seja o melhor momento pra isso, Diego.

Ela se vira novamente me deixando de lado para conversar com pelo que  me lembro o assistente da Vitória.. Hugo, se me lembro bem. Mas isso não importa, o que importa é que estou uma merda. Não acredito que cheguei a este ponto.

" Estou sendo rejeitado? "

Sim, acho que estou. E se quer saber, isso não é nada bom. É horrível pra cassete.

Seguro em seu braço e a puxo de canto, claro que da forma mais delicada possível. Eu nunca machucaria uma mulher. Eu nunca faria alguém se sentir como minha irmã se sentia ao lado de Isac. Nunca.

– o que acha que está fazendo? seu..

– pelo amor de Deus, para com essa merda! — reviro meus olhos impaciente. – até quando vai fingir pra si mesma? 

– fingir o que?  — ela pergunta brava. E a essa altura eu acho que deveria começar a temer por esta conversa.

– fingir que me odeia e que não sente saudades de mim como eu sinto de você!

..CECÍLIA..

Eu estava paralisada. Diego está na minha frente dizendo que sente a minha falta. E por mais que eu tente, nunca conseguiria me afastar dele, não assim.

– tem algo de errado com a gente, Diego. — solto o ar que só agora notei estar preso. – mas eu nunca te odiei.

Ele me olha um pouco mais esperançoso, e eu sei que na mente dele isso é ruim. Que ser o garoto  "apaixonado" é idiotice mas, ver que ele se importa com o que quer que tenhamos me deixa um pouco mais feliz. E com este sentimento, acabo não contendo o sorriso, ele sorri também e logo vejo o motivo para ter sido tão difícil tentar ignora-lo.

– podemos conversar agora, gatinha? — ele me olha com seus olhos cheios de esperança.

– e eu tenho escolha?  — debocho.

– desta vez não. — ele ri e faz algo que me surpreende. Diego entrelaça sua mão a minha e me guia até o jardim. – vamos voltar aonde tudo começou.

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