Capitulo 16|Vitória (Bônus)

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               SETE ANOS ATRÁS.

CAPITULO 16 |EU VI A MINHA VIDA ESCORRER NAS MÃOS DE UM MONSTRO.

– Você pode ir agora mesmo, se quiser. — sorri debochado.

– Não! — grito e uma única lágrima de ódio escorre pelo meu rosto. – você não me deixaria ir assim tão fácil. Você é um filho da puta, covarde e um verme nojento, eu te odeio seu...

Não foi preciso terminar a frase para que sua mão atingisse meu rosto. Eu cai no chão, minhas bochechas ardiam mas a dor física não era nada.. Nada comparado com a minha raiva.

– vai se ferrar. — murmuro ainda caída no chão. – eu nunca vou te amar, Isac. Nunca!

– pois é melhor que tente sua vadia. — ele abaixa e me olha nos olhos, aqueles olhos asquerosos. – você sabe o que está em risco.

Senti meu estômago revirar. Naquele momento senti tudo de ruim que poderia sentir, nojo, medo, ódio, mágoa, tristeza, raiva.. Parecia que minha vida estava em um liquidificador.

– por que você faz isso? — minha voz sai baixa e trêmula. – por que quer tanto que eu fique?

– porque quando você está nua na minha cama, não é ele que te tem, sou eu. O Rafael nunca tocou em você, ele deve chorar até hoje.. — sorri perversamente.–  você sempre vai ser minha.

Eu o olho enojada.

– então eu sou a merda do troféu na sua estante. — reviro os olhos. – você é ainda mais nojento do que eu pensei. – assim que término a frase um pensamento me vem a cabeça. – foi você quem mandou aquela foto pra ele? 

Ele ri e neste instante tenho vontade de cuspir em seu rosto, mas me contenho.

– quem iria querer ficar com uma vadia? Talvez seja esse o motivo dele ter ido pra longe, Vick, pra se afastar de você.

– cala a boca!  — eu o empurro para longe e me levanto. – você é um tolo se pensou que isso iria fazer ele me odiar. — forço uma risada.– enquanto você me batia feito o covarde que é, ele me beijou e em todos o machucados que você fez, ele acariciou. Ele me quis e eu também o queria. Você nunca vai me causar essa sensação. Você só é capaz de despertar um sentimento em mim: repulsa.

E aí está. A minha vitoria depois de todo esse tempo. Eu não o bati, mas nenhuma agressão física causaria esta reação nele, maior que todas as agressões que sofri é a dor que o fiz passar agora.

– Você está perdendo o seu tempo, Isac. — olho vitoriosa em sua direção.

Eu estava me sentido ótima, estava ganhando a luta pela primeira vez e a esperança de me livrar dele estava me consumindo, eu queria sair dali e gritar para todos que não mais estava com aquele imbecil. Ele me forçou durante dois anos a me fazer de feliz e enquanto todos me julgavam como a "puta mimada que gosta de apanhar" ele ria, enquanto eu fazia minha família chorar de preocupação ele ria e a cada olho roxo meu que estampavam todas as revistas da cidade.. Ele ria.

Ele me tinha na palma da mão, e na outra tinha aquela maldita foto, uma foto da qual nem faço questão de lembrar, é horrível, nojenta. E esse tempo todo eu tentei abafa-lá, permitindo ser espancada, tudo para não ser exposta daquele jeito, para não envergonhar minha família..

" foda-se, cansei!"

E que se dane se essa foto for ferrar com a minha vida, eu cansei disso, cansei de viver sobre o medo constante de apanhar ou de ter que me submeter aos seus desejos.

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