capitulo 10| Rafael.

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CAPITULO 10| FICAR SE TORNOU UM FATO, NÃO ESCOLHA.

    
Eu me levantei no momento em que Vitória começou a gritar, ela estava fora de controle e eu soube que o melhor a se fazer era tira- lá daquela sala, mas antes de fazer isso virei-me na direção da entrevistadora e com toda a raiva que estava sentindo eu disse:

– se voltar a pertuba-lá eu juro que faço da sua vida um inferno. 

Ela sorri debochada.

– é uma ameaça, advogado?

– entenda como quiser, mas se eu fosse você, me manteria bem longe.  — olho fixamente em seus olhos por breves segundos e então saio da sala com o braço de Vitória entre a minha mão, ela nem sequer notou que estava saindo da sala, só foi perceber quando entramos no elevador.

Eu olhei em seus olhos, não pude deixar de me sentir preocupado, mas ela já parecia ter se acalmado, pelo menos um pouco.

Toda aquela raiva.. Mas afinal do que será que aquela entrevistadora estava falando, será que a cidade inteira esconde o segredo de Vitória?

Admito, parte de mim estava querendo, e muito, descobrir o porquê de toda aquela confusão, mas no momento, Vitória é realmente minha maior preocupação. Então eu soube para onde levá-la.

Entramos no meu carro, ela não falou mais nada, e sim, acho que isso é possível. Na metade do caminho o silêncio estava começando a incomoda-lá, pude sentir isso pelo modo em que seus dedos batiam em sua perna.

– fala.

– você está me levando pra onde? 

– por que não pode simplesmente confiar em mim?

– por que você é, bom, você. — ela ri. – poderia pelo menos me dar uma dica?

– está bem, minha dica é: — desvio minha atenção da estrada e a olho divertido. — No final, você vai ter que jogar seu vestido fora.

– o que? — ela grita. – você está me levando pra onde, Rafael?

– pro meu apartamento. — ela me olha perplexa. – o resto é surpresa.

Ela não pareceu se contentar mas voltou a ficar quieta, apenas pensando, e eu daria qualquer coisa para saber o que se passa em sua cabeça.

Quando cheguei em meu prédio ela me olhou boquiaberta.

– você mora aqui?

– sim, por que? 

– nada, é só que é um prédio muito lindo.

– é acho que sim.— digo indiferente, descemos do carro e logo o manobrista veio em nossa direção, dei as chaves do meu carro a ele e voltei a minha atenção a Vitória. – vamos?

– uhum. — ela murmura.

Nós passamos pelo saguão e entramos no elevador, o mesmo só voltou a abrir as portas no último andar foi então que Vitória voltou a falar:

– você mora na cobertura!?

– Sim, porque? 

– sabe, sei que seu pai é muito rico mas mesmo assim é um lugar muito caro!

– Eu não uso o dinheiro do meu pai, Vitória. — respondo ofendido. – tenho minhas economias, e outra, seu pai é tão rico quanto o meu.

– também não uso o dinheiro dos meus pais.

Nós saímos do elevador que dá de frente com a porta do meu apartamento, tirei minhas chaves do bolso e a abri, Vitória entrou ainda boquiaberta, a primeira coisa de que notou foi a vista do lado de fora. Bom, a vista é mesmo muito linda.

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