capítulo 9|Vitória.

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CAPITULO 9| PESSOAS MUDAM?

- vocês duas estão horríveis!

Olho para o meu irmão por um segundo, como eu queria poder mata-lo neste exato momento.

- vai se ferrar, idiota. - sento-me na mesa de café da manhã, acho que o bom de morar com os meus pais é com certeza a comida, no Rio eu e Cecí comíamos apenas porcarias ou então aqueles troços nojentos da dieta de Nádia, é bom estar de volta. Meus pais conversam do outro lado da mesa, parecem alegres. - como foi o final da noite? tive que sair mais cedo.

- por que eu sinto que essa saída repentina tem algo haver com o streper gostosão?- Cecília sorri divertida.

Todos da mesa se entre olham divertidos, Diego então ergue as sobrancelhas e move os lábios sem emitir som:

" Você e o Rafael esbanjam tensão sexual, maninha."

- pai, como foi o show? - ignoro o comentário idiota do meu irmão.

- foi legal, tivemos algumas músicas novas no repertório mas conseguimos dar conta. E eu pude fazer a homenagem que o Rafael pediu.

- homenagem? - pergunto curiosa.

-ah, não sabia? - Diego me olha debochado. -o gostosão parece dar bastante valor para aquela loira gata.

- loira gata. - Ceci retruca mal humorada e por mais que eu tente não consigo deixar de rir. Ela parece notar o meu divertimento pois me fuzila com os olhos. - e quem é essa loira?

- acho que é a secretaria dele, mas por que Rafael pediria uma homenagem para uma secretaria? - pergunto.

Meu pai e minha mãe a essa altura já não prestavam mais atenção na conversa, eles pareciam distraídos demais com suas próprias conversas, então estávamos apenas eu e Cecília tentando entender o que acontecia, enquanto isso meu irmão ria.

- está rindo de quem, imbecil?

Olho para o lado surpresa de ouvir tanta agressividade saindo da boca de Cecília. Ela parece estar irritada com alguma coisa e essa coisa tem nome e sobrenome: Diego Hanks.

- vocês mulheres tem que aprender um segredinho nosso. - ele ergue o queixo. - você tem que plantar para colher.

- o que quer dizer com isso? - pergunto indiferente.

- que ele quer sexo, maninha, daqueles que se valha a pena o esforço.

Eu o olho incrédula, não para o que ele disse mas de como disse, sua voz firme e experiente.

- menino, você virou um ninfomaníaco? - Cecília parece ler minha mente. - vocês homem são nojentos!

- somos práticos. - ele levanta orgulhoso. - agora se me dão licença, tenho uma entrevista pra fazer.

- e vai falar sobre o que? - Cecília ri. - o primeiro corte de cabelo?

Meu irmão olha para ela incrédulo e eu acabo não contendo o riso, esses dois parecem até cão e gato.

- Não. Vou falar como é viver debaixo do mesmo teto que uma selvagem. - ele nos dá as costas e então diz perversamente. - mas não vou falar o quanto eu acho isso excitante, é um segredinho nosso, gatinha.

E então ele sai, minha amiga me olha perplexa e eu dou risada divertida.

- ele é um idiota, eu sei.

- o maior dos idiotas. - ela se levanta irritada e sobe as escadas em direção ao nosso quarto.

..

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