ɑʆiɱɛɳtɑçãѳ ʀɛgʀɑɗɑ.

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Tive um sono ótimo na noite passada, acho que foi efeito dos remédios que tomei. Era muita dor de cabeça. E parece que ia aumentando enquanto eu pensava sobre a rainha. Até que decidi parar de pensar.

Fui brutalmente interrompida de meu sono por aquela mulher.....
Nadinna. Aquela que não gostou de mim. Ela me acordou com chocalhos intensos, ela me disse:

- Helena, esta na hora da 1° refeição da rainha. Levante, vá a cozinha e prepare.

- que horas são?

- 7:00, não sou seu despertador. Nao pense que vou lhe acordar todo dia não.  Pegue a lista e vá você tem meia hora.

-o que? Falo me levantando apressadamente, meia hora não consigo preparar nada.

- não posso fazer nada.

-aposto que fez de propósito. Isso não vai ficar assim. Dito isso pego a lista e me retiro até a cozinha.

E quando cheguei, tomei um susto. A cozinha era enorme.
Maior que meu quarto, maior que a cozinha do bistrô, a maior que já vi.

- e o menu do dia era. Waffle light com mel. Fácil. Mas eu tinha apenas 28 minutos.
E mais uma vez o tempo era uma condição entre mim e a rainha.

- alguém sabe onde ficam as fritadeiras de waffle?
Parece que falei com as paredes, ninguém me acudiu... Repito, alguém sabe onde fica a  fritadeira de waffle?
Novamente em vão, então me pus a procurar.......

Depois de 10 minutos procurando, eu encontrei, estava na prateleira branca acima de uma das pias sim havia mais que uma pia, na verdade haviam 3 pias.

Comecei  imediatamente a fazer os Waffles  sorte que não demorava muito, fiz a massa simples, com farinha, claras de ovos, manteiga, etc....

Não saiu perfeito mas sim, suficientemente boa para comer.

Eu lógico já estava atrasada quando terminei tudo! Me restava apenas subir as longas escadas e encarar a cara de sono e fome da rainha. Dito isso arrumei uma bandeja de cristal, tão espelhada que dava pra ver meus dentes brancos, me fazendo lembrar de escovados.

Subi as escadas lentamente, para que nada caísse ou quebrasse, eu já era desastrada demais para me arriscar a cair.

Mas assim que cheguei lá na porta da rainha haviam dois guardas grandes, bonitos, másculos, e com uma cara feia me barraram.

-não pode entrar aí, senhorita!

- não men você não esta entendendo, tentei falar em tom engraçado. Mas não adiantou aquele homem enorme com um uniforme verde, não fez nem questão de olhar pra mim.

Ei cara não foi com a minha cara?
Tentei novamente um gesto forçado de graça, novamente em vão.

Pois eu também não fui com a sua. Falei agora em um tom bravo. Que foi interrompida por pequenas palminhas em direção oposta as minhas, me surpreendendo ao saber de quem era ou por que era.
Heitor.

-você vai bater no segurança agora? Fala com um sorrisinho tolo no canto da boca.

- vou é bater em você, abusado.

- haha tente! Falou em tom desafiador.

- não vim aqui fazer isso! Porque tem seguranças na porta do quarto da rainha?

- quando descobrir exatamente, me avise!

- como asim? Você não sabe?

- depois que o meu pai morreu ela passou a se privar muito, talvez como uma forma de segurar a barra ou de não demonstrar sentimentos que pudessem afetar a mim ou a cosmos, ela passa todas as terças e quintas assim, e depois das 22:00 horas de sábado ela se tranca mas sem seguranças na porta. Algo mais tranquilo.

- então é isso, não pensei que a rainha ainda sofresse tanto pela perda de seu marido. Ela sempre pareceu tao fria. Desde que eu a conheci no bistrô.

- essa é a intenção dela. Sinto pena por minha mãe não querer ser transparente em relação aos seus sentimentos. Acho que ela esta saindo de uma depressão e entrando em algum tipo de luto eterno.

- então você acha que ela sempre vai se trancar assim? A quanto tempo ela faz isso?

- faz 3 meses.

- nossa só o que saiu no jornal é que ela reforçou a guarda ao redor do castelo para se proteger. Nao pensei que ela estivesse sofrendo tanto.

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