ɛʆɛ ɳãѳ é tãѳ ɗѳ ʝɛitѳ quɛ pɛɳรɛi.

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O quarto estava completamente arrumado, impecável para ser mais exata, parecia que alguém havia acabado de limpar o local.

Era um quarto matematicamente ruim. Pois era escuro demais, não era como o meu quarto, ou o da rainha, que havia uma sacada, com uma bela vista. O quarto do rei, era rústico demais também, parecia que ele gostava de conservar coisas velhas, haviam pequenas tralhas, sabe? Aquelas que fazem a maior diferença quando vai se limpar realmente o quarto. Haviam quadros pequenos. Um deles me chamou extrema atenção. Era um jovem. Com uma bela jovem. Não via-se os dois direito a foto estava enfarruscada, era preta e branca e a dama, que acompanhava, aquele jovem, provavelmente o rei, estava com o rosto virado para ele, olhando fixamente nos olhos dele. Pareciam se conectar, de alguma forma! Pareciam obcecados, e destinados a olharem infinitamente, um nos olhos do outo. Aqueles rostos não me eram estranhos, talvez eu já vi o rei uma vez, mas não me lembro. É como uma memória, inútil, vaga demais, sem um fundamento forte, que fixe essa pessoa na sua memória. Mas ela.....
Ele não era uma memória vaga eu me lembro dela. Sei que a conheço......

Não tenho a mínima ideia de onde!

Meus pensamentos foram interrompidos por um som.
O de valsa...

Uma melodia tão bela calma, e clara, eu estava nesse momento perdendo a valsa, talvez eu tivesse até julgado a melhor a meu ponto de vista. eu estava agora decepcionada, pelo príncipe não ter me esperado voltar com seu irmão. Pelo príncipe não ter esperado minha presença, até por ele não estar dançando comigo agora. Por mais que eu soubesse que ele não podia dançar comigo.

Em um pequeno misto de raiva, e decepção, sai do quarto e me dirigi desesperadamente,para o jardim. Não mais na intenção de encontrar Heitor, mas sim na de me ver longe de Cosmos, e seu cérebro, o qual eu não,conseguia entender. Hora me dava esperança, hora me deixava em ultimo plano. Eu odeio parecer frágil, e era assim que eu me encontrava nesse momento.

Sem saber o que falar, fiquei em total silêncio, contorcendo eu nem sabia o que. Apenas olhando para o nada, que se encontrava, no meio das tulipas azuis, as quais eu nunca havia visto. De repente minha indignação se transformou em curiosidade, eu tinha uma grande curiosidade por flores, eu as amava. Perdida nas belas tulipas ouvi uma voz atrás de mim:

- está bem?

Era Heitor, eu odeio quando você procura uma coisa, e não acha, e quando não quer mais ela, ela aparece.

-Sim, respondi não deveria estar com cosmos?

- não sei se deveria.

- por que?

- pelo fato de eu ser um mero boneco, de decoração naquela sala. As pessoas normalmente não ligam pra mim quando estamos eu e cosmos no mesmo lugar.
Já chegaram a cumprimentar ele, e passarem reto por mim.

Nao quero ser um mero objeto de branco.

- você sabe que eu já te acho ingrato, grosso, não da valor ao imenso papel de príncipe que você ocupa.

Mas dessa vez você tem razão, ele é o centro das atenções lá. Todas as garotas, e o luxo, e a beleza de ambos. Não vai ser uma boa ideia se você for.

- está bem? Por que está concordando comigo, e não gritando, ou reclamando.

dei um leve sorriso de canto.

-Esta tudo bem? Você esta com uma cara de cachorro molhado!

- esta melhorando! O que faz aqui? Não deveria estar ajudando na cozinha?

- talvez... Mas eu prefiro estar aqui.

- comigo?

- com as flores! Aliás que flores são essas? Respondi mudando de assunto, já que me pareceu estranho o que ele acabou de dizer.

- tulipas azuis! São tulipas brancas geneticamente modificadas. Minha mãe que fez!

- nosso, parece complexo!

- talvez, minha mãe não contou nada sobre como ela fez.

- estranho não acha?

- não talvez ela só estivesse procurando algo para se distrair!

- ela criou, recentemente?

- não! Já tem uns dez meses.

- ela se sentia sozinha quando estava com seu pai?

- não sei, talvez sim, o meu pai nunca demostrou ama-la de fato. Talvez ela se sentisse sozinha.

- ele não à amava?

- não sei, acho que não. Um rei, que não da beijo, carinho, ou até mesmo flores, não demostra amor nenhum, deve de fato não deveria amar minha mãe.

- nossa, achei que eles eram inseparáveis.

-as aparências enganam!

- esta ficando cada vez mais estranho, não acha? Flores geneticamente modificadas, uma moça com o rei, que possivelmente poderia ser sua amante, já que o rei não amava a rainha, uma solidão,no quarto dela, o que mais eu vou descobrir?

- nada! Não comece de nóia, o meu pai, não traíra,a minha mãe, não há mistério nenhum, para procurar! Falou,gritando e me chamando de louca...

Eu havia falado alto, e agora o príncipe, estava bravo comigo, pelo menos foi o maior tempo, que conseguimos ficar sem nos brigar.

-desculpa se tirei conclusões precipitadas! Acho melhor não brigarmos.

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