รɑiɳɗѳ ɗɛรรɛ Բiɱ ɗɛ ɱuɳɗѳ.

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Fui até a saída do castelo, mas desta vez não ao jardim, mas sim ao Couceiro:

- me leve ao norte.

- não posso, não recebi ordens para isso. Afirmou o novo Couceiro, agora um rapaz novo, de aparentes 23 no maximo 25 anos.

- isto é uma ordem.

- lamento informar, mas só recebo ordens da rainha.

- não vai me levar até o norte?

- não.

- então deixa que eu mesma vou ate lá.

Nesse momento, subi na carruagem determinada a sair daquele lugar, eu precisava de um conselho, e sabia quem acima de todos poderia me dar esse conselho, só acho que vai ser um pouco difícil, me atender dessa vez.

Eu só quero ter um dia longe dessa família maluca, a mãe quer roubar o lugar do filho, o filho que odeia a mãe, e o outro que só liga pra inveja que sente de cosmos, e o amor, pertinente que sente pela mãe.  Não, eu realmente não pertenço a esse mundo. Esta tudo andando rápido demais, estou confusa demais, sem ar nessa casa, por mais que eu ame o luxo, sinto como se eu estivesse numa prisão. Talvez no norte eu me sinta melhor, me sinta em casa de volta, e não quero nem saber que conseqüências a rainha vai impor contra mim. Aquela psicopata.

Agora já estou longe do castelo. Perdida em pensamentos ruins, talvez literalmente perdida. Passei por esse lugar semelhante, tenho absoluta certeza, eu acho!

-ei, senhor!!! O senhor pode me dizer para que lado fica o  portão NORTE-SUL? 

- sim, majestade, se quiser te levo ate lá!!

Eu até poderia aceitar ajuda do bom velhinho, mas nos tempos  atuais a bagunça que esta, é capaz de o velho me passar a perna e levar para outro lugar, se tem uma coisa que eu aprendi com o senhor heltz foi: "nunca aceite carona de estranhos" achei útil nesse momento.

- não, não se preocupe já vim aqui antes. E pretendo voltar logo, é muito trabalho.

- então você é do norte?

-sim.

- não sabe da nova lei que o congresso e a rainha estão querendo propor?

-não!! Que lei?

-só se fala nisso aqui! Lá no norte vocês não sabiam?

- sabiam de que?

- a rainha quer fechar definitivamente os portões NORTE-SUL, separando assim o pais em classes, sendo o sul a classe dominante.

- o que ela não pode fechar os portões, tem pessoas que dependem do sul para sobreviver, elas vêem do norte ate aqui, para vender. No norte falta tanta coisa, ela não pode simplesmente fechar os portões e nos trancar no lado pobre do mundo. Isso é inaceitável, já pensou nas revoltas que isso pode causar?

-sim, mas a rainha não quer saber, ninguém quer, seremos os privilegiados, os ricos, a maior economia, o menor índice de violência... a sociedade não vai pensar nas conseqüências se isso for pro congresso, será aprovado. Venho tentado explicar o quão mal esse projeto pode dar, mas uma voz contra um reino, não faz sentido.
Minha filha se casou e atualmente mora no norte, eu nunca mais poderia visita-la.

- meu deus, a rainha está louca, ela passou de todos os limites, se isso for ao congresso eu vou mover o mundo contra ela. E prometo não ser só mais uma voz, o norte é muito unido todos vão me ouvir, se pudermos lutar pelos nossos direitos lutaremos.

-deus te abençoe filha. Se a rainha não quer que o norte saiba pode causar uma enorme revolta entre os estados, o sul não pode ser favorecido e isolado. O norte fica mais a frente sempre reto, quando ver um poste antigo com a luz  amarela, entre nessa rua e logo verá o enorme portão da divisa. Boa sorte garota.

- espero voltar o mais breve possível, uma pena eu realmente precisar ir, senão iria tirar satisfação com aquela velha mutante.

- quem?

-vossa majestade Diana de Afonso.

-haha, boa sorte então.

-obrigado, senhor.

Me dirigi ao caminho que o velho havia me dirigido, mas não encontrei a tal placa.
Comecei a suar sem perceber, estava nervosa, com uma cara indisfarçável de medo, eu agora estava perdida em meio ao ar gélido, e ao chão recoberto de neve logo teria que andar a pé, eu odiava os dias nevascos que se aproximavam, tempos de vendos os quais destruíam muitas casas no norte. Eu odeio ver essas coisas, me comovo rápido, e odeio parecer frágil.

Sai da carruagem um pouco mais a frente, e não havia nada além de luzes distintas e neve sobre metade das minhas pernas, me fazendo espremer de frio. Nada de luz amarela. Mas um pequeno fixe de luz reluzia sobre meu rosto, a luz do sol estava refletindo de maneira incomoda bem nos meus olhos.

Me agachei no chão, e limpei uma boa camada de gelo, me fazendo tremer mais do que achei ser possível, e quando finalmente terminei de limpar, a ponto de ver o objeto reflexo, estrelou um pequeno sorriso em meu rosto, era o tal poste. Limpei Mais um pouco o chão e logo pude ver a estrada direcionada para a esquerda. Andei mais um pouco e logo tive a certeza de que não havia me perdido, o enorme portão NORTE-SUL estava bem a frente.

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