uɱɑร ɱiʆ pɑʆɑѵʀɑร....

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Ela me abraçou, e chorou[...]

E chorou, e chorou, e chorou... E eu também por ventura acabei chorando no longo abraço dela.

Quando finalmente parou de chorar me olhou nos olhos, e disse: _ eu não sei o que dizer porque não sei o que sinto, só quero te abraçar, e te pedir desculpas.

- Vianna, me perdoe, eu não sei o que houve direito, mas a culpa é minha, eu errei, deixei você e o nosso sonho, por causa da rainha, eu não tive escolha.

-eu sei, eu sabia desde o início, eu estava com raiva por você falar com os príncipes antes de mim, e estava com inveja por você ter feito o prato principal. Por você ser melhor do que eu, na cozinha, na beleza em tudo, no fundo, no fundo, eu sempre por meio de brincadeiras deixava claro que você não é filha do meu pai, e não iria ficar no comando do bistrô. Eu no final das contas tinha inveja de você, e naquele dia achei a oportunidade de me livrar de você, pelo seu primeiro erro aqui. Era apenas isso que eu precisava, achei que eu ficaria bem, feliz agira que assumiria o bistrô sozinha, mas tudo que consegui sentir foi culpa. Me perdoa Helena?
Fez um olhar e um gesto implorando pelo meu perdão.

Eu estava chocada.

-eu nunca pensei, nunca pensei que você seria capaz de pensar isso, o que aconteceu com nossa amizade? Eu te amo tanto, e agora não sei mais de nada.

-eu sei,eu sei, e também te amo, de uma forma sem igual, não duvide de nossa amizade como eu duvidei, eu sofri sem você, sei que sofreu também, não quero te perder de novo, eu te amo Helena.

-tudo bem, mas se eu tiver alguma duvida de nossa amizade, eu não vou voltar atrás, eu te amo amiga.

Um enorme alívio saiu de meu peito, era como se eu estivesse sendo sufocada, e agora não mais, eu amava tanto.

Lagrima escorriam como uma cachoeira de meus olhos inchados desde o início de nossa conversa, eu só sabia que a amava, era a única certeza que eu tinha durante nosso longo abraço.

Mas parei de abraça-la assim que uma mulher no bistrô me chamou atenção, era mayla.

-o que foi?

-nada.

-Helena! Sou sua amiga de novo.

-sim, tenho tanta coisa pra te contar, nem sei por onde começo!!!

-pelo começo, que tal!

-tem um tempo livre?

-o dia todo pra você.

-vamos

-onde?

-campos floridos.

-ok

[...] sabia que eu odeio esse tipo de vandalismo?

-Vianna, isso não é vandalismo, não começa

-claro que é Helena, me ajuda, não tenho esses hábitos.

-para de reclamar, me da a mão.

-me ajuda....

-aaaaaa, você engordou....

-para de reclamar....

-ai que drama, quero ver na hora de sair.

-vamos sentar e ai você desabafa, OK?

-OK. Espera!!!

-o que foi Helena?

-essas flores!!

-hum, que estranhas, eu nunca as vi.

-eu já as vi!! No jardim do castelo.

-é? E como se chamam?

-essa não é a questão.

-e qual é a questão?

-o que elas fazem aqui!!

-Helena, são flores, e estão em um campo de preservação ambiental, muito mal protegido.

-não são flores preservadas! São flores geneticamente modificadas.

-modificadas? Como assim?

-vianna essa não é a questão!! A questão é: qual modificações elas receberam!

-deve ser modificadas para se tornarem belas!! Olha como são lindas, atuais, em um hipnótico tom de azul.

-não toque nessas flores Vianna.

-por que? Parecem delicadas e inofensivas

-tira mão. Falei dando um tapinha na mão que estava sobre a bela flor.

-aiii, credo Helena.

-vem vamos, sente-se.

-tudo bem, agora desabafe.

ɦɛʆʆɛɳɑ Onde histórias criam vida. Descubra agora