Capítulo 29

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                                       2 meses depois...

Estava deitado na cama do Mateus, tinha dormido na cada do "meu pai", a Melissa não apareceria na casa dele nas noites em que eu estivesse, essa foi a única condição de eu ter aceitado frequentar lá. O Pedro e a Lorena tinham ido viajar e o Mateus tinha saído com a galera dele, aproveitei pra descansar. Sobre meu namoro com a Nanda, estava firme, a gente se entendia bem, só brigávamos muito por ela insistir que eu ainda amava a Melissa. Estava deitado pensando na vida, quando um barulho interrompe meus pensamentos.

— PARA GABRIEL! — A porta da frente bateu e eu pulei da cama assustado, era a voz da Melissa.

— Me diz onde você estava Melissa? — Ouvi o primeiro tapa e então o choro dela baixo, meu coração disparou.

— Você tá me machucando! — Eu estava travado, não conseguia ter nenhuma reação.

— Me responde, Melissa! — Ouvi o barulho de mais um tapa. Abri a porta com muita rapidez e fui até a sala.

— VOCÊ TÁ BATENDO NELA? — Eu gritei e ele me olhou assustado, estava a ponto de bater nela de novo.

— O que você tá fazendo aqui, seu idiota? — Ele perguntou.

— Sai daqui Guilherme, por favor... — Melissa implorou bem baixinho.

— Cala a boca! — Gabriel disse a empurrando no chão.

— NÃO MANDA ELA CALAR A BOCA! — Eu gritei e ele deu dois passos pra traz. — Eu não acredito que você tava batendo nela. — Eu olhei pra Melissa no chão e lembrei do meu pai e da minha mãe, meu estômago girou.

— Somos namorados, não se mete!

— Na minha frente, homem nenhum levanta mão pra mulher! — Eu o empurrei e dei um soco no seu rosto, ele caiu no chão e eu o puxei pela gola da camisa, depois segurei no seu pescoço.

— Tá me... sufocando. — Ele se debatia.

— BATE NELA AGORA SEU FILHO DA PUTA!

— Guilherme, pelo amor de Deus, você vai matar ele. — Melissa começou a me puxar pelo braço e o Gabriel ficava cada vez mais vermelho. Quando eu vi que ele ia desmaiar, soltei seu pescoço e ele caiu no chão, foi na hora que eu dei um chute no seu rosto e ele desmaiou.

— Mel, você tá bem? — Eu disse passando a mão no rosto dela.

— Você não podia ter feito isso... — Eu a abracei.

— Acabou Mel, acabou, calma. Ele tava te batendo! — Ela me olhou e eu limpei uma das suas lágrimas. — Eu não podia deixar ele bater em você, minha princesa, não podia. Olha como você tá...

— Eu não ligo.

— Como não liga? Você tá toda roxa! Como seus pais ainda não perceberam? — Ela balançou a cabeça negativamente. — O que tá acontecendo que você não quer me contar? Ele te ameaçou?

— Não, ele não me ameaçou. Só não faz nada e nem conta pro Pedro, eu tô te implorando.

— O que é que você tem com ele então Melissa? Você o ama?

— Não! — Ela respondeu rápido. — Eu ainda amo você!

— Então porque namora com ele? — Ela suspirou.

— Você tá feliz com a Fernanda?

— To indo. — Ela sorriu forçado.

— Promete pra mim que não vai fazer nada? — Eu a encarei e então olhando para aqueles olhos azuis, eu não negaria nada a ela.

— Prometo. — Ela me abraçou e eu fui me arrumar para ir embora.

(Melissa narrando)

Depois que o Gui foi embora, sentei no sofá e o Gabriel continuava desacordado, respirei fundo e minha cabeça foi para outro mundo. Passado alguns minutos, abri os olhos e levei um susto, Gabriel estava acordando me encarando.

— Tá tudo bem com você? — Eu disse me levantando e indo em direção a ele.

— Eu pareço bem? — Ele disse passando a mão no nariz que sangrava muito. — Sabe o que eu devia fazer com você?

— Foi sem querer Gabriel, eu nem sei o que ele estava fazendo na casa do Pedro, ninguém me avisou que ele estaria aqui.

— Cala a boca, Melissa. Vamos pro hospital! — Peguei minha bolsa e eu ouvi o Gabriel sussurar. — Isso é tudo culpa sua.

— Talvez seja mesmo. — Respondi ironicamente.

— Mas, com seu amorzinho eu me entendo depois, de homem pra homem. — Ele sorriu e fomos rumo ao hospital.

O Gabriel entrou para ser atendido e eu caminhei lentamente pelos corredores do hospital, me encostei na parede e comecei a chorar, uma enfermeira foi até mim.

— Moça, tem uma pessoa querendo falar com você. — Imaginei que seria o Pedro, uma hora dessas o Guilherme já deveria ter contado tudo a ele. Foi quando senti seu perfume, não precisava olhar pra ele pra saber, o perfume do meu Gui.

— Sou eu, Mimadinha. — Meu coração disparou, eu tremia tanto, então ele parou na minha frente e me abraçou. Meu rosto foi para o seu pescoço e só de sentir sua pele, meu corpo entrou em choque. Ele não disse nada, não precisou dizer nada. Nós entramos no carro do Pedro que estava com ele, mas o caminho ele estava fazendo não era o da minha casa, queria perguntar algo, mas fiquei receosa. Quando paramos na frente da sua casa, o Paulo, Thiago e a Nanda estavam na porta, os meninos sorriam pra mim. Ele abriu a porta do carro e abriu os porta malas, tirando algumas malas de lá.


Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora