Capítulo 24

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(Guilherme narrando)

Nós entramos e ficamos no quintal da minha casa conversando sobre a vida, até que chegou o assunto Pedro.

— Eu não posso ir na casa dele Mel, não falo com o Pedro e tampouco com o Mateus.

— Não seria bom mostrar que você pode ser magnânimo e perdoa-lo? — Eu suspirei.

— Você não entende, Melzinha. — Ela segurou a minha mão.

— Pelo contrário Gui, eu entendo muito. Você está sofrendo sozinho. Seu irmão precisa de um pai e foi atrás do dele. E você não vai atrás da sua família por orgulho.

— Realmente, você não entende. O Pedro mandou matar minha mãe e agora ela está longe, nem cogita voltar aqui de medo e... — Ela me interrompeu.

— Gui, eu e o Pedro conversamos muito sobre isso. — Ele me olhou curioso. — Ele deixou sim sua mãe pra ir atrás da minha, mas ele me disse que só depois, no tempo que ficou na cadeia percebeu que quem ele amava realmente era sua mãe. Você vai dizer que é mentira, mas não é Guilherme. Está na cara que eles ainda se amam, o empecilho é você...

— Tá dizendo que minha mãe não foi feliz por minha causa?

— Não! Não to dizendo que você é o culpado, neguinho. To dizendo que ele não faria isso com ela!

— Ele é seu pai Melissa...

— E o seu também. — Ela falou baixo. — Perdoa ele, por mim?

— Por você?

— Por você também. — Ela sorriu de lado.

— Vou pensar.

— Já é um começo amor.

— Eu amo você. — Sussurrei.

— Muito?

— Muito mais que muito. — Ela sorriu, aproximou o rosto do meu e nós iniciamos um beijo. Quando entramos em casa, os meninos estavam brincando como sempre e minha vó lavando a louça.

— Oi família. — Eu disse acenando, todos sorriram e cumprimentaram a Mel, menos a Nanda que revirou os olhos e eu fingi que não vi.

— Que bom que fizeram as pazes, me apresenta ela meu querido. — Vovó disse.

— Vó, essa é minha namorada. — Mel sorriu.

— Bem vinda minha querida. — Elas se abraçaram. — Você se parece tanto com o... — Eu suspirei.

— Pedro. — Mel completou.

— Sim, você o conhece?

— Ele é meu pai. — Minha vó ficou branca, eu corri para segura-la e a ajudei a sentar no sofá.

— Isso é muito pra mim. — Vovó respirou fundo. — Deixa eu ver se entendi, vocês são irmãos?

— Não. — Eu afirmei.

— Mas como se são filhos do Pedro?

— Não! — Eu disse rindo. — Um de nós é, mas não sabemos qual.

— Estou confusa. — Nós rimos.

— Você se parece tanto com meu pai... — Mel se sentou na frente dela.

— Desculpa não saber da sua existência minha filha, meu contato com o Pedro não é dos melhores desde que ele foi preso à anos atrás. — Mel assentiu. — Você lembra muito ele, tão linda. — AS duas se abraçaram.

Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora