Capítulo 20

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(Gui narrando)

Acordei no outro dia com um sol muito forte entrando no quarto, apertei os olhos, estava muito calor. E então, dormindo serenamente, estava o motivo do meu calor, ela. Sorri.

— Bom dia. — Eu disse no seu ouvido.

— Bom dia Neguinho. — Ela abriu os olhos, eu sorri.

— Viu, não te abandonei. — Ela sorriu.

— Ainda bem, se não eu ia matar você.

— Como você ia matar o amor da sua vida? — Ela me olhou e caiu na gargalhada.

— Tá se achando demais viu.

— To mesmo. — Dei um selinho nela que acabou virando beijo. — Sabe andar de cavalo Mimadinha?

— Mais ou menos, por que?

— Porque vamos andar hoje. — Ela fez careta.

— Ai sou péssima nisso.

— Péssima nada. — Eu me levantei. — Dama? — Eu estendi a mão, ela pegou na mesma e levantou da cama.

— Vagabundo. — Eu a peguei no colo, levando pro banheiro.

(...)

Eu diria que estava um pouco mais leve, a visita da Mel e ter a certeza que não era irmão dela, me deixaram melhor. Eu estava voltando pra casa. Eu e meus amigos, iriamos voltar pra minha casa. A mãe do Paulo tinha feito uma faxina lá e adivinha, iria viram uma república de homem, iria morar nós três.

— Lar doce lar. — Eu disse. A casa estava outra, estava arrumada mas não tinha barulho vindo da cozinha, nem risos e muito menos um "filho". Meu coração doeu, que saudade da minha mãe.

— Porra, eu sabia que um dia iria vir morar aqui. — Thiago disse, jogando a bolsa no chão.

— Guilherme? — Paulo disse. — Não vai entrar? — Eu olhei pra ele e entrei, senti uma sensação boa e então sorri. Eu estava em casa, porra. Na minha casa e sabia que minha mãe iria voltar.

Eu estava deitado no sofá, e então a porta foi aberta.

— Oiiiii. — Mel chegou animada.

— Oi amor. — Respondi. Ela fechou a porta e veio até mim, sorriu e passou os braços pelo meu pescoço. Quando íamos começar um beijo, ouvimos a porta ser aberta de novo, nos soltamos.

— Gui! — Ela estava alí, Nanda, a minha loira.

— Nanda. — Me levantei. Estava com saudade dela, de verdade.

— Oh meu amor, que saudade de você. — Ela sussurrou no meu ouvido. — Ah... Oi Melissa, nem tinha te visto. — Ela disse e a Mel sorriu de lado.

— Oi Fernanda. — Mel respondeu irônica. Tão linda minha Mimadinha com ciúmes.

(Melissa narrando)

Essa Nanda me dava nos nervos, só o jeito que ela olhava pro Guilherme, como se ele fosse um pedaço de carne e quando eu desse as costas, ela voaria nele e ia encher ele de beijos e abraços... Eu cerrei os olhos.

— Então meus pais disseram que a gente podia passar uns dias no apartamento deles na praia... — Blábláblá, meus pais TAMBÉM tem um apartamento na praia, e não era na praia grande queridinha, era em Miami. Deu vontade de falar, mas calei.

— Gui, eu quero ir embora. — A interrompi, todo mundo me olhou.

— Mas, já?

— É. — Eu assenti e olhei de rabo de olho pra Nanda.

— Vem cá, quero falar com você. — Ele levantou, a Nanda nos encarou e eu me levantei atrás dele. Quando estávamos quase chegando no seu quarto, ele agarrou na minha cintura.

— Me solta. — Eu o empurrei de leve.

— Não, para de ciúme bobo.

— Se ela pudesse, ela cravava a unha em você e... — Ele me beijou, foi rápido, não tinha como não retribuir.

Parei o beijo.

— Gui. — Disse rindo.

— Sua crise de ciúme foi linda. — Ele riu. — Mas sua boca me chamou.

— Eu não gosto dela. — Fiz bico.

— Só que você não precisa ter ciúme dela. — Me deu um selinho.

— Por que?

— Porque eu sou só seu. — Eu dei um sorriso.

— Só meu? — Sussurrei.

— Só. — Então eu fiquei na ponta dos pés e o beijei, foi um beijo diferente, como se estivéssemos comemorando uma época nova.

Ouvimos batidas na porta e o Gui saiu pra atender, eu fui atrás. O Gui abriu e um homem disse:

— Guilherme? PORRA VELHO, QUE SAUDADE. — Ele grudou no pescoço do Gui. — Como você tá enorme menino. — A Nanda sorriu e os meninos também, eu estava sem entender nada.

— Biel, seu filho da puta. — Eles se abraçaram com mais força.

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Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora