Engravidei do Jogador 3

Capítulo 22

(Guilherme narrando)

Eu deitei do lado da Mel rindo, ela estava com a respiração ofegante.

— Como vai ser daqui pra frente? — Ela perguntou e eu a encarei.

— Como antes. — Eu sorri. — Por que?

— Não Gui, não vai ser como antes. Não somos irmãos, ok. Mas alguém mentiu, não acha? — Eu respirei fundo.

— A gente só precisa dizer que não é irmão, o Pedro é que se foda... — Ela sentou na cama.

— Você não gosta dele, mas eu o amo Gui. — Ela se virou pra mim. — Eu não acho que minha mãe tenha mentido.

— Tá insinuando o que? — Eu perguntei com um tom de voz mais alto.

— Nada. — Ela respondeu baixo.

— Não. — Sorri ironicamente. — Depois de um sexo desse, você tá insinuando que a minha mãe é uma mentirosa e que traiu o filho da puta do Pedro?

— Só to dizendo que alguém mentiu. — Ela me encarou.

— E não foi a minha mãe! — Disse alto.

— Tá dizendo que foi a minha? — Ela levantou da cama.

— Você disse que a minha mãe mentiu. — Comecei a vestir a minha roupa. — Minha mãe tá doente Melissa, muito mal e a muitos km de distância daqui, ela jamais iria esconder isso de mim.

— Agora você que tá insinuando. — Ela começou a vestir a roupa também.

— Tô insinuando nada! Você que começou com esse assunto idiota. — Suspirei. — Tô pouco me lixando pra quem é filho dele ou quem não... — Ela me interrompeu.

— MAS EU ESTOU! — Ela gritou.

— Então vai lá e faz aquela merda de exame com ele. — Eu apontei pra porta.

— Você tá com medo da sua mamãezinha ter mentido... — Eu me aproximei dela.

— CALA A BOCA! — Eu gritei. — Lava sua boca pra falar da minha mãe, Melissa.

— Grosso! — Ela me empurrou.

— Mimada! — Eu abri a porta do quarto. — Vaza!

— Tá me mandando ir embora?

— Sim. Se retira da minha casa agora Melissa.

— Tá fazendo que nem aquela vez do hotel...

— Você podia ter feito tudo, menos falado da minha mãe.

— Eu só quero... — Ela começou a chorar.

— Sem desculpas Melissa, vai embora mano. — Disse isso e fechei a porta do quarto na cara dela.

Eu me joguei na cama e em seguida a porta foi aberta, era a Nanda.

— Que gritaria Gui. — Ela disse e sentou na beira da cama.

— Não foi nada que interesse a você, Nanda. — Eu virei o rosto pro outro lado.

— Tô com saudade da tia Lena. — Ela fez uma voz mole.

— Tu acha que a minha mãe mentiria pra mim todos esses anos?

— Nunca, a tia Helena? Jamais. — Ela sorriu. — Ela é uma santa.

— Então por que a Melissa... — Suspirei. — Ela insinuou sabe?

— Ela não conhece sua mãe Gui, dá um desconto. — Ela entrelaçou a mão nos meus cabelos e eu sorri. — Eu disse que você não ia encontrar alguém igual a mim.