Capítulo 40

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A semana passou voando, a festa de despedida da Mel era hoje, em um sábado. Saí do banho e já dava pra ouvir o som alto, tadinha da vovó, não ia dormir hahaha. Me arrumei, me perfumei e desci. A festa ia ser no nosso quintal, pois tinha um espaço bacana. Fui pra lá e já tinham várias pessoas. Vi a Nanda, Paulo e Thiago conversando perto do som. Foi quando eu vi o carro dela parando em frente a minha casa e fui recepciona-la. Andei até ela e ela me abraçou, ela sorriu ao olhar tudo e que sorriso...

— Espero que você tenha uma boa festa de despedida. — Sussurrei no seu ouvido.

— Obrigada. — Ela disse me soltando e ela foi cumprimentar outros amigos, quando eu vi a Milena descendo do carro também.

— E comigo, você não fala não? — Eu encarei ela dos pés a cabeça e não vou mentir, era gara e ainda tinha um sorriso filho da puta nos lábios.

— Véi, acho que a Mel tá te chamando lá dentro Milena. — Desconversei.

— Mais tarde eu mato a tua vontade. — Ela disse no meu ouvido.

— Que vontade? — Comecei a sorrir. — A única mina que eu quero, é a homenageada da noite.

— Mas vai pegar a prima dela também. — Ela piscou e entrou.

Rolei os olhos e fui até os meninos buscar um copo de algo forte. Fiquei lá fora um bom tempo, só vendo o movimento, cada mina gata, loirona, morena, ruiva, vi a Mel cumprimentando cada uma delas, algumas me olhavam e sorriam concordando com ela, a Milena nem disfarçava pra me olhar e aquilo me incomodava. Depois de umas duas horas, fui até a cozinha e Mel estava lá agradecendo a vovó. Quando elas viram que eu estava entrando, minha vó deu um jeito de sair e nos deixar alí sozinhos.

— Gostou da festa? — Ela me encarou.

— Amei, tá linda. — Sorri de lado e então puxei ela pra outro lugar, fomos pra frente da casa.

— Ta comendo? Ta saindo? Ta feliz? Como ta sua vida? Pra quando é sua viagem? E ta ficando com alguém e... — Ela sorriu de lado e eu abaixei a cabeça. — Desculpa. — Sussurrei.
— Sim, mais ou menos, não, ta bem, não sei ainda, não e ta desculpado. — Ela soltou um riso baixo e eu a encarei.
— Faz tanto tempo que não te vejo que... — Ela me interrompeu.
— Que parece que agora que estamos juntos, eu nunca devia ter ido embora? — Eu engoli em seco.
— Eu disse que isso não ia dar certo... Eu disse. — Me virei e soquei a parede da casa.
— Por que? Por que você não pode ficar perto de mim? Por que não podemos ser amigos? — Ela perguntou me puxando.
— Porque não, não podemos. — Eu não me virei.
— OLHA PRA MIM GUILHERME! — Ela gritou.
— Eu não posso ser seu amigo, porque eu não quero ser só seu amigo. — Suspirei de costas.
— Mas, você... — Me virei.
— Eu menti. — Encarei ela. — Eu menti Mel, é tudo mentira.
— O que é mentira Gui? — Eu dei a volta nela e sai dali, quase correndo, entrei dentro de casa e então senti alguém puxar meu braço.
— Espera ai... — Eu puxei ela pra baixo da escada e a encostei na parede.

— Eu te amo, é tão difícil entender isso? — Eu rocei meu nariz no dela e então a beijei, foi diferente, tinha outro gosto, outro sabor. E então...

— Você mentiu. — Me soltei dela, e então quando me virei dei de cara com a Mel, olhei pra frente de novo.

— Milena? — Eu perguntei chocado.

— Você mentiu... — Ouvi a Mel sussurrar de novo.

— Eu pensei que era você. — Eu disse pra Mel.

— MENTIRA! — Ela gritou, me empurrou e saiu correndo.

— Por que você fez isso? — Eu perguntei irritado pra Milena.

— Isso o que gatinho? Você que me beijou. — Ela disse sorrindo.

— CARALHO! — Eu gritei e saí correndo atrás da Mel. — MEL! — Eu gritei a puxando.

— Me solta. — Ela disse chorando.

— Vida, me escuta...

— Não me chama de vida, ou você chama todas assim também? Hein Guilherme?

— Eu jamais ia dizer que amo a sua prima. Era pra você, sempre vai ser pra você!

— Mentira. Você é um mentiroso.

— TALVEZ EU SEJA MESMO! — Sorri. — Talvez eu seja um mentiroso, filho da puta, galinha, safado, sem vergonha, sou tudo isso. Sou hipócrita pra caralho, orgulhoso até as tampas, nunca dou o primeiro passo pra porra nenhuma e quer saber? Nunca corri atrás de mina nenhuma também, nunca deixei de ficar com elas, comer elas, por causa de nada. Nunca tive que sair da casa de nenhumas com um choro na garganta entalado e com uma vontade de dizer que eu sou apaixonado por e que nada que eu disse naquela sala depois daquele sequestro era verdade, nada. Eu passaria por tudo de novo, por você caralho! Só por você. Eu fiz por você o que eu não fiz por garota nenhuma, por essa branquinha do olho azul mimada, com você eu casaria, com você eu gostaria de formar uma família. Só me desculpa Mel, porque eu não sou um príncipe e nunca vou ser. — A Mel me encarou e depois passou por mim com um raio.

— SUA VADIA! — Ela pulou em cima da Milena. — QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA AGARRAR O GUILHERME? VOCÊ AINDA NÃO ENTENDEU QUE ELE É MEU, SUA RIDÍCULA? — Elas caíram no chão e começaram a se bater, fui tentar separar. Puxei a Mel pela cintura e a Milena veio pra bater nela, me virei de costas e recebi vários socos. — ME SOLTA GUILHERME, EU QUERO ACABAR COM ELA.

— AJUDA AQUI, CARALHO. — Gritei pro Paulo, Thiago e mais uns garotos que estavam lá. Eu segurei a Mel e eles seguraram a Milena.

— VOCÊ É UMA LOUCA! — A Milena gritou. — Foi o Guilherme que me beijou.

— PIRANHA. — A Mel fez menção de ir pra cima dela de novo, mas eu a segurei pela cintura e a puxei para dentro de casa.

— Para com isso, por favor. — Disse segurando na sua mão.

— Solta minha mão ou eu vou dar nessa sua cara de mentiroso.

— Te solto quando você ficar mais calma.

— Como eu te odeio. — Ela respirou fundo.

— Tá mais calma? — Perguntei sorrindo.

— Tira esse sorriso do rosto Guilherme, eu não to calma.

— Me desculpa, por favor. — Puxei sua cintura pra perto de mim e ela me empurrou.

— Para com isso Guilherme. — Ela suspirou. — Para de me fazer ser tua, para de me fazer te querer, de me fazer ser solta e me prender, para. — Eu abaixei a cabeça. — Você não devia ter dito nada, é tudo culpa sua.

— Mel, não, não era a minha intenção

— Só me deixa ir, por favor.

Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora