Capítulo 46

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(MEL NARRANDO)

Desliguei o telefone e suspirei. Minha respiração estava acelerada.

— Ai meu Deus, o que foi que eu fiz? — Perguntei pra Megan que estava no meu apê para saber as novidades do encontro.

— Você fez o que tinha que fazer. — Ela me encarou. — Ele brincou com você, você brincou com ele.

— Ele vai me odiar Megan. — Peguei meu celular.

— Você não vai ligar pra ele, não mesmo! — Ela pegou meu celular da minha mão.

— Me dá, eu preciso dizer a ele que era uma brincadeira, o efeito do espumante, sei lá... Eu sou uma estúpida, meu Deus, onde que eu estava com a cabeça?

— Baby, você tem o Rafa!

— Eu nem gosto do Rafa! Me devolve meu celular, Megan. — Eu ordenei, ela revirou os olhos e me entregou.

— Você vai fazer uma besteira. — Quando eu ia pegar o celular, ela puxou. — Você está me ouvindo?

— Sim, agora me dá meu celular. — Ela devolveu e eu liguei pro Gui, deu caixa postal, liguei mais cinco vezes e nada. Então liguei pra casa do Pedro.

— Alô? — Eu reconheci aquela voz, era o Mateus.

— Mateus?

— Eu mesmo, quem é?

— Sou eu, a Mel. Deixa eu falar com o Gui?

— Mel, acho melhor você não ligar mais pra ele. — Ele sussurrou.

— Por que? — Perguntei chorosa.

— Porque se você ligar, o Guilherme vai te falar coisas que você não vai gostar e eu não quero ver ele e nem você tristes por terem se magoado. Eu preciso desligar, fica bem, beijo. — O telefone ficou mudo.

— Eu disse Megan, ele me odeia. — Disse já chorando.

— Ele mereceu Mel!

— Ninguém merece que ninguém brinque com os sentimentos de ninguém. — Limpei as lágrimas. — Onde é que eu estava com a cabeça quando te escutei? Eu simplesmente podia ter voltado com ele, estaríamos sorrindo e felizes agora. Ele viria aqui me buscar e... — Ela me interrompeu.

— Até quando duraria essa felicidade, Mel?

— Não me interessa até quando, o importante é que eu estaria com ele! Seria o suficiente pra mim! — Falei alto. — Eu fiz ele passar por cima do orgulho, pra pisar nele como uma vadia egoísta e egocêntrica.

— As vadias tem o amor de vários homens.

— Você não entende, ninguém entende Megan! O Gui nunca vai me perdoar, nunca! E eu o amo, independente do que as outras pessoas falem, eu o amo. Só eu sei o que nós dois passamos, o que ele passou por mim. O quão difícil foi ele me deixar, e eu só vi agora, porque eu fiz uma grande cagada e perdi o cara que eu amo pra sempre. Eu o amo e o perdi por uma coisa ridícula.

— Você pode ligar depois e dizer que foi tudo um mal entendido.

— Você não conhece. O Gui não falta com a palavra dele. — Suspirei. — Nunca.

— Calma Mel...

— Não, vou sair, preciso respirar! — Peguei meu casaco e saí do apartamento.

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Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora